A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), enfrenta uma nova reconfiguração política com a saída do MDB de sua base na Assembleia Legislativa. O partido, que contava com apenas uma cadeira ocupada por Jarbas Filho, agora se junta à bancada independente, conforme o regimento interno da Casa. Essa mudança ocorre após o prefeito do Recife, […]
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), enfrenta uma nova reconfiguração política com a saída do MDB de sua base na Assembleia Legislativa. O partido, que contava com apenas uma cadeira ocupada por Jarbas Filho, agora se junta à bancada independente, conforme o regimento interno da Casa. Essa mudança ocorre após o prefeito do Recife, João Campos (PSD), ter nomeado membros do MDB para seu primeiro escalão, o que diminuiu a influência de Lyra sobre a sigla.
Historicamente aliados, o MDB já ocupou cargos no governo de Raquel Lyra, mas decidiu se desvincular ainda no ano passado. Apesar de manter relações com alguns emedebistas, como o senador Fernando Dueire, a governadora perdeu apoio significativo devido às manobras políticas de Campos, que nomeou Raul Henry como secretário de Relações Institucionais. Com a saída do MDB, a base de Lyra na Assembleia agora conta com 21 deputados de diferentes partidos, incluindo PSDB, PP, PRD, União Brasil e Solidariedade, em um total de 49 parlamentares.
Jarbas Filho, ao justificar a decisão de se tornar independente, afirmou que a escolha foi pautada em seus princípios e que continuará a trabalhar em projetos que visem o desenvolvimento de Pernambuco. Além do MDB, a disputa entre Raquel Lyra e João Campos se intensifica com a busca por apoio de outros partidos, especialmente com foco nas eleições de 2026. O União Brasil, que permanece na base de Lyra, possui duas secretarias em Recife, enquanto a maior rivalidade se concentra no Partido dos Trabalhadores (PT), que se divide entre apoiar Campos ou alinhar-se ao governo de Lyra.
Dentro do PT, a ala municipal apoia João Campos e ocupa duas pastas em sua administração, enquanto os deputados estaduais, embora oficialmente na oposição, se alinham ao governo. Essa divisão interna é acentuada pelo desgaste de Campos, que não concedeu a vice-prefeitura ao PT, optando por seu ex-chefe de Gabinete, Victor Marques (PCdoB). A situação política em Pernambuco continua a evoluir, com as alianças sendo constantemente testadas em vista das próximas eleições.
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