Klaus Iohannis, presidente da Rômenia, anunciou sua renúncia nesta segunda-feira (10) em Bucareste, em meio a um cenário político conturbado. “Para evitar uma crise para a Romênia e seus cidadãos, deixarei o cargo,” declarou Iohannis. Ele permanecerá no cargo até quarta-feira (12), quando um novo presidente será eleito. A decisão ocorre após a anulação das […]
Klaus Iohannis, presidente da Rômenia, anunciou sua renúncia nesta segunda-feira (10) em Bucareste, em meio a um cenário político conturbado. “Para evitar uma crise para a Romênia e seus cidadãos, deixarei o cargo,” declarou Iohannis. Ele permanecerá no cargo até quarta-feira (12), quando um novo presidente será eleito. A decisão ocorre após a anulação das eleições presidenciais em dezembro, que gerou críticas à sua permanência no cargo.
A situação política se agravou com a vitória surpreendente do candidato de extrema-direita, Calin Georgescu, no primeiro turno das eleições. Documentos do conselho de segurança da Rômenia indicaram que o país sofreu “ataques russos híbridos agressivos” durante o período eleitoral, levantando suspeitas sobre a legitimidade do processo. Georgescu, que se opõe ao apoio da Rômenia à Ucrânia, disputará o segundo turno contra a candidata pró-UE, Elena Lasconi.
Três partidos de oposição de direita, que controlam cerca de 35% das cadeiras no parlamento, apresentaram uma moção de impeachment contra Iohannis. Com a votação da moção se aproximando e a popularidade do presidente em queda, analistas sugerem que alguns parlamentares de partidos pró-europeus podem apoiar a iniciativa da oposição. “A solicitação terá consequências tanto internas quanto externas,” afirmou Iohannis, destacando a gravidade da situação.
Com a renúncia, o presidente do Senado, Ilie Bolojan, do Partido Liberal, assumirá a presidência interina com poderes limitados até a realização das novas eleições, previstas para maio. A crescente influência dos partidos de extrema-direita, impulsionada pela vitória de Georgescu, tem moldado a agenda política e gerado protestos contra o governo atual.
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