Em meio a um racha interno, o Partido Verde (PV) reelegeu no último sábado o ex-deputado José Luiz Penna como presidente do diretório nacional. Penna, que comanda a sigla há 26 anos, foi alvo de críticas por sua falta de transparência nas decisões. A convenção anual, realizada online, resultou em 82 votos (61,65%) a favor […]
Em meio a um racha interno, o Partido Verde (PV) reelegeu no último sábado o ex-deputado José Luiz Penna como presidente do diretório nacional. Penna, que comanda a sigla há 26 anos, foi alvo de críticas por sua falta de transparência nas decisões. A convenção anual, realizada online, resultou em 82 votos (61,65%) a favor de sua chapa, contra 51 votos (38,35%) da oposição liderada por Edson Duarte, ex-ministro do Meio Ambiente.
Penna, membro do PV desde sua fundação em 1989, já ocupou cargos como vereador e deputado federal. Sua reeleição ocorre em um momento em que o partido enfrenta desafios, como a queda de 70% no número de prefeituras conquistadas, passando de 47 para 14 em quatro anos. A vice-presidente nacional, Teresa Britto, destacou a redução progressiva da verba partidária, que contribuiu para o racha interno, com críticas à distribuição não democrática dos recursos.
Duarte acusou Penna de centralizar o poder e não prestar contas, afirmando que a burocracia do partido se tornou pouco transparente. Ele também mencionou a falta de uma comissão eleitoral durante as eleições internas, alegando que o processo foi conduzido de forma inadequada. Penna não comentou as críticas, mas integrantes do partido negaram irregularidades nas eleições.
A permanência de líderes como Penna é vista por especialistas como um obstáculo à renovação de quadros. A cientista política Monalisa Torres apontou que a profissionalização das funções leva à concentração de poder, enquanto Luciana Santana alertou que essa longevidade perpetua vícios internos e diminui as chances de novas vozes emergirem nos partidos.
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