A crise interna do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tende a se intensificar nesta semana, com a divulgação de uma “carta aberta” que reúne 134 assinaturas de servidores, incluindo 125 gerentes e coordenadores. O documento expressa apoio aos diretores que pediram exoneração e critica a gestão do presidente Marcio Pochmann, apontando um “clima […]
A crise interna do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tende a se intensificar nesta semana, com a divulgação de uma “carta aberta” que reúne 134 assinaturas de servidores, incluindo 125 gerentes e coordenadores. O documento expressa apoio aos diretores que pediram exoneração e critica a gestão do presidente Marcio Pochmann, apontando um “clima organizacional deteriorado” e dificuldades nas lideranças para desempenhar suas funções.
Desde que assumiu o cargo em agosto de 2023, Pochmann tem enfrentado resistência, especialmente após a criação da Fundação IBGE+, uma autarquia que, segundo os servidores, compromete a autonomia técnica do órgão. A fundação, que visa captar recursos de estatais e bancos, foi criticada por ter sido implementada sem consulta ao corpo técnico, gerando descontentamento entre os funcionários e atritos com o Conselho Diretor.
O sindicato dos trabalhadores do IBGE também manifestou insatisfação em nota, destacando que a gestão de Pochmann tem sido marcada por decisões unilaterais e falta de diálogo. A nota ressalta que a crise não se limita a um descontentamento isolado, mas reflete uma insatisfação generalizada que chegou ao Conselho Diretor, evidenciada pelas recentes exonerações na Diretoria de Pesquisas.
Em resposta às críticas, a presidência do IBGE divulgou uma nota condenando os ataques de servidores e ex-servidores, afirmando que as alegações sobre a autonomia técnica do órgão são infundadas. O clima de tensão continua, com expectativa de novas manifestações por parte do sindicato nos próximos dias, reafirmando a oposição à gestão atual.
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