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Heinrich August Winkler alerta: ‘Vivemos a ruptura mais profunda desde a queda do Muro’

- Heinrich August Winkler reflete sobre a II Guerra Mundial e a reunificação da Alemanha. - Ele alerta sobre a reeleição de Donald Trump e o crescimento da extrema direita na Alemanha. - A Alternativa para Alemanha (AfD) pode obter 20% dos votos nas eleições atuais. - Winkler destaca a importância da cooperação entre democracias liberais para enfrentar crises. - Ele critica a normalização da extrema direita, que ameaça a democracia ocidental.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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Heinrich August Winkler, historiador de 86 años, recorda vívidamente o fim da II Guerra Mundial, quando as tropas americanas chegaram a Württemberg. Para sua família, a queda do regime de Hitler foi uma libertação, apesar de serem conservadores. Winkler reflete sobre momentos históricos cruciais, como 1945 e a queda do Muro de Berlim, e sugere […]

Heinrich August Winkler, historiador de 86 años, recorda vívidamente o fim da II Guerra Mundial, quando as tropas americanas chegaram a Württemberg. Para sua família, a queda do regime de Hitler foi uma libertação, apesar de serem conservadores. Winkler reflete sobre momentos históricos cruciais, como 1945 e a queda do Muro de Berlim, e sugere que o inverno de 2025 pode ser outro ponto de virada, especialmente com o retorno de Donald Trump ao poder e o crescimento da extrema direita na Alemanha.

Em entrevista, Winkler destaca que o que une o Ocidente são os valores da Ilustração, como os direitos humanos e a democracia representativa. Ele observa que, com Trump, esses valores não têm mais um defensor na Casa Branca, e o futuro do Ocidente depende da cooperação entre democracias liberais. Winkler também critica o discurso do vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, que questiona a democracia na Europa, e vê isso como um sinal de uma ruptura profunda no ordenamento internacional.

O historiador analisa a situação atual da Alemanha, onde o partido de extrema direita Alternativa para Alemanha (AfD) pode obter até 20% dos votos. Ele explica que, após 1945, a Alemanha se dividiu em duas culturas políticas distintas, e que a falta de um trabalho educativo e histórico adequado após 1990 contribuiu para a persistência de preconceitos nacionalistas, especialmente no leste do país. Winkler acredita que o caminho da Alemanha em direção ao Ocidente ainda está longe de ser concluído.

Por fim, Winkler critica a normalização da extrema direita no parlamento alemão e a colaboração da CDU/CSU com a AfD em questões de imigração. Ele enfatiza que relativizar o regime nazista é um ataque à cultura política da Alemanha e que a AfD representa uma ameaça à democracia ocidental. A situação atual, marcada por polarização e governos fracos, deve ser vista no contexto mais amplo da crise da democracia em todo o Ocidente.

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