Demissões em massa na NOAA atraem interesse de recrutamento da China e Rússia

Centenas de funcionários da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) foram demitidos na quinta-feira, 27 de fevereiro, como parte dos esforços da administração Trump para reduzir a força de trabalho federal. Aproximadamente 880 trabalhadores, incluindo meteorologistas, perderam seus empregos, conforme reportado pela CBS. Essas demissões ocorrem sob a liderança de Elon Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), que busca cortes de gastos por meio de demissões e redução de financiamento. Um porta-voz da NOAA afirmou que a agência não comentaria sobre questões internas, mas garantiu que continuará a fornecer informações meteorológicas essenciais.

O congressista democrata da Califórnia, Jared Huffman, expressou preocupação com as demissões, afirmando que muitos cidadãos dependem da NOAA para previsões e alertas de tempo severo. Ele criticou a abordagem de Musk, dizendo que a eliminação de especialistas e programas vitais pode resultar em consequências graves. Miyoko Sakashita, do Centro para a Diversidade Biológica, também alertou que os cortes prejudicarão programas essenciais de salvamento. As demissões vêm em um momento de confusão para os funcionários federais, após uma ordem de Musk para que relatassem suas atividades da semana anterior, o que gerou incertezas em várias agências.

Além disso, fontes de inteligência dos EUA indicam que adversários estrangeiros, como China e Rússia, estão recrutando funcionários federais demitidos ou em risco de demissão. Esses países estão focando em servidores com conhecimento sobre infraestrutura crítica, aproveitando a vulnerabilidade dos trabalhadores afetados. Funcionários da CIA discutem maneiras de mitigar possíveis retaliações decorrentes desses recrutamentos, considerando que esses trabalhadores representam alvos atraentes para serviços de inteligência.

Recentemente, o Pentágono anunciou que mais de 5 mil funcionários em estágio probatório podem ter seus contratos rescindidos em breve. Dados do Departamento de Eficiência Governamental mostram que quase 40% das demissões não resultarão em economia para o governo, desafiando a justificativa de Trump para os cortes. Um juiz federal bloqueou temporariamente novas demissões no Departamento de Defesa, afirmando que o Escritório de Gestão de Funcionários não tinha autoridade para ordenar tais rescisões, especialmente de funcionários em estágio probatório, que são considerados essenciais para a renovação do governo.