O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, anunciou que o presidente Donald Trump está considerando um alívio nas tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e México, que começaram a valer nesta terça-feira, 4. Lutnick afirmou que ambos os países estão dispostos a colaborar na redução do fluxo de fentanil para os EUA, […]
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, anunciou que o presidente Donald Trump está considerando um alívio nas tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e México, que começaram a valer nesta terça-feira, 4. Lutnick afirmou que ambos os países estão dispostos a colaborar na redução do fluxo de fentanil para os EUA, o que pode influenciar a decisão de Trump. Ele destacou que essa medida não será uma pausa, mas um “meio do caminho” para atender às exigências americanas. Em contraste, as tarifas sobre a China permanecerão, com um acréscimo de 10%.
As novas tarifas geraram reações imediatas, com Canadá e México anunciando retaliações equivalentes. O Canadá, sob o governo de Justin Trudeau, aplicará tarifas de 25% sobre produtos americanos, afetando importações que totalizam 107 bilhões de dólares. A China também respondeu com tarifas de 10% a 15% sobre exportações agrícolas dos EUA, além de restrições a empresas americanas. Essa escalada nas tensões comerciais reflete a estratégia de Trump de isolar a economia americana para fortalecer a produção interna.
Embora o Brasil não seja um alvo direto das tarifas, especialistas alertam que a guerra comercial pode impactar setores como o etanol e produtos agrícolas. O Brasil, que é um dos maiores exportadores de etanol, pode se beneficiar com a retaliação da China, que é seu principal parceiro comercial. No entanto, a introdução de tarifas recíprocas pelos EUA pode afetar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano, especialmente em um contexto de inflação crescente.
Os automóveis, um símbolo da indústria americana, são um dos setores mais afetados pelas novas tarifas. Aproximadamente 3,6 milhões de veículos importados anualmente dos vizinhos México e Canadá enfrentarão um aumento de custo. As montadoras americanas, como Ford e General Motors, dependem significativamente de peças e veículos fabricados nesses países. A aplicação de tarifas recíprocas pode encarecer ainda mais os automóveis europeus e japoneses, aumentando a pressão sobre o mercado automotivo dos EUA.
Entre na conversa da comunidade