Georgetown: investigador é detido por supostos vínculos com o Hamas e risco à segurança nacional

A detenção de Badar Khan Suri, um pesquisador da Universidade de Georgetown, gerou polêmica ao ser realizada por agentes de imigração dos Estados Unidos. Suri, que possui visto de estudante, foi abordado em sua residência em Virginia e enfrenta a possibilidade de deportação por supostas atividades que contrariam a política externa americana. A informação foi divulgada pelo site Politico, que destacou que o Departamento de Segurança Nacional alega que Suri tem vínculos com um terrorista associado ao grupo Hamás.

A assessora do Departamento, Tricia McLaughlin, afirmou que Suri promoveu propaganda de Hamás e disseminou antisemitismo nas redes sociais, embora não tenha apresentado provas concretas. A detenção foi justificada com base em uma lei que permite a deportação de estrangeiros que possam causar consequências adversas à política externa dos EUA. O secretário de Estado, Marco Rubio, teria emitido uma determinação em março de 2025, considerando Suri deportável.

A Universidade de Georgetown defendeu Suri, afirmando que ele reside legalmente nos Estados Unidos e que sua pesquisa é focada na consolidação da paz em regiões como Irak e Afeganistão. O porta-voz da instituição ressaltou que não há evidências de atividades ilegais por parte do pesquisador e expressou apoio ao direito de seus membros à pesquisa e ao debate livre, mesmo sobre temas controversos.

A detenção de Suri se insere em um contexto mais amplo de ações contra ativistas propalestinos nos EUA. Recentemente, Mahmoud Khalil, um estudante palestino da Universidade de Columbia, também foi detido sob acusações semelhantes, enquanto outros estudantes enfrentaram revogações de visto por suas atividades em apoio a Gaza. A situação levanta questões sobre a liberdade de expressão e os direitos dos estudantes internacionais nos Estados Unidos.