O Conselho de Administração da Petrobras está se reunindo para escolher um novo diretor de Governança e Compliance. O atual diretor, Mário Spinelli, não será mantido no cargo. A indicação é de Ricardo Wagner de Araújo, auditor da Corregedoria-Geral da União, sugerido pelo ministro Vinícius Carvalho.
Spinelli, que tem ligações com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve desentendimentos com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, sobre questões como a reativação de uma fábrica de fertilizantes e a desativação de uma plataforma. Magda criticou o canal de compliance que protege o anonimato dos denunciantes, acreditando que isso gera reclamações irresponsáveis. Após esses conflitos, Magda decidiu não reconduzir Spinelli e procurou outro candidato, mas a escolha de Wagner foi um acordo entre diferentes grupos de poder na empresa. A decisão final deve ser confirmada na reunião do conselho.
O Conselho de Administração da Petrobras se reúne para discutir a nomeação do novo diretor de Governança e Compliance, em meio a disputas internas entre ministros do governo Lula. O atual diretor, Mário Spinelli, não será reconduzido ao cargo, que deve ser ocupado por Ricardo Wagner de Araújo, auditor da Corregedoria-Geral da União (CGU), indicado pelo ministro Vinícius Carvalho.
Nos últimos meses, Spinelli, que tem ligações com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrentou divergências com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Essas divergências incluíram a reativação da fábrica de fertilizantes no Paraná e a desativação da plataforma P-31, questões que geraram tensões entre os dois. Magda defendia a continuidade da plataforma, enquanto Spinelli apoiava a desativação, conforme um relatório interno.
A relação entre Spinelli e Magda deteriorou-se ainda mais devido a críticas sobre o canal de compliance, que garante anonimato aos denunciantes. Magda acredita que essa proteção resulta em um aumento de reclamações irresponsáveis. Após esses conflitos, a presidente iniciou um processo seletivo que excluiu Spinelli, preferindo o chefe de auditoria, André Santos, que não foi aceito pelos conselheiros.
A escolha de Ricardo Wagner, que passou por um processo seletivo formal e uma “seleção paralela” entre políticos influentes, representa um compromisso entre os diferentes grupos de poder na Petrobras. A decisão deve ser confirmada na reunião do conselho, mas a situação interna continua tensa, com a possibilidade de novas disputas no futuro.
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