O Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu proibir o bloqueio hormonal para jovens transexuais, exceto em casos de puberdade precoce. Essa nova regra ainda precisa ser publicada oficialmente. A proibição não se aplica a quem já está em tratamento. O CFM justifica a medida com um suposto aumento da “destransição”, mas não apresenta dados que comprovem isso. Os conselheiros afirmam que a transição de gênero busca melhorar a vida de pessoas com disforia, mas citam que as evidências para intervenções médicas, como hormônios e cirurgias, são fracas. Eles estimam que entre 2% e 25% dos jovens descontinuam o tratamento, embora uma análise de 2021 mostre que menos de 1% se arrependem de procedimentos. A resolução também sugere que muitos diagnósticos de disforia na infância podem ser superados naturalmente na puberdade. O CFM destaca que os riscos dos bloqueadores de puberdade são controláveis, mas expressa preocupação com o arrependimento. O ministro da Saúde não comentou a nova resolução, que já gerou ações judiciais de entidades em defesa dos direitos de crianças e adolescentes trans. A discussão sobre o bloqueio hormonal continua a gerar polêmica, especialmente em países que já restringiram ou proibiram essas terapias.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma nova resolução que proíbe o bloqueio hormonal para jovens transexuais, exceto em casos de puberdade precoce. A medida, que ainda precisa ser oficializada no Diário Oficial, não se aplica a quem já está em tratamento. O CFM justifica a decisão com base em um suposto aumento da “destransição”, embora não apresente dados concretos que comprovem essa tendência.
Os conselheiros Bruno Leandro de Souza e Raphael Câmara Medeiros Parente afirmam que a transição de gênero visa melhorar o bem-estar de pessoas com disforia. No entanto, mencionam que estudos indicam evidências fracas para intervenções médicas, como terapias hormonais e cirurgias. O CFM estima que a descontinuação do tratamento ocorra entre 2% e 25% dos casos, embora uma meta-análise de 2021 tenha mostrado que menos de 1% dos transgêneros se arrependem de procedimentos.
A resolução também menciona que muitos diagnósticos de disforia de gênero na infância podem ser superados naturalmente durante a puberdade, resultando em adultos gays ou lésbicas. O CFM destaca que os riscos físicos associados aos bloqueadores de puberdade são controláveis, mas expressa preocupação com os danos subjetivos, como arrependimento.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não comentou a nova resolução, que já gera repercussão e provoca ações judiciais de entidades em defesa dos direitos de crianças e adolescentes trans. A discussão sobre o bloqueio hormonal continua a polarizar opiniões, especialmente em países que já restringiram ou proibiram tais terapias.
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