24 de abr 2025
Brasil se prepara para a COP 30 com obras em Belém e desafios climáticos pela frente
COP 30 se aproxima em Belém, mas 14 das 37 obras ainda não têm andamento definido, levantando preocupações sobre prazos e investimentos.
Mercado do Ver-O-Peso, cartão-postal de Belém que passa por reformas para receber a COP 30 (Foto: Augusto Miranda/Agência Pará)
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A COP 30, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, ocorrerá de 10 a 21 de novembro em Belém do Pará. Com 200 dias restantes, 14 das 37 obras planejadas para o evento ainda não informaram seu andamento, levantando preocupações sobre a conclusão a tempo. Os investimentos nas obras superam R$ 7,2 bilhões, abrangendo áreas como infraestrutura, mobilidade e saneamento.
O Parque da Cidade, que servirá como principal local das discussões, está 78% concluído. A área, que receberá a sociedade civil, conta com espaços para debates e atividades culturais. No entanto, outras obras, como a reforma do Mercado Ver-O-Peso, estão apenas 29% finalizadas, o que pode impactar a visitação durante a conferência.
A pesquisadora Brenda Brito, da ONG Imazon, destaca que a COP 30 é uma oportunidade para o Brasil reafirmar seu papel nas discussões climáticas globais. Contudo, ela alerta para os desafios, como a necessidade de aumentar os investimentos em preservação ambiental, que devem alcançar US$ 1 trilhão por ano até 2035. O financiamento climático é crucial, especialmente para países em desenvolvimento, que enfrentam os maiores impactos da crise climática.
Além disso, a realização da COP 30 em Belém é vista como estratégica para inserir a Amazônia nas discussões sobre a crise climática. O evento também busca abordar a contradição do Brasil em expandir a produção de petróleo enquanto se compromete com uma economia de baixas emissões de carbono. A expectativa é que a conferência finalize a criação de indicadores para medir a eficácia das ações de adaptação às mudanças climáticas.
Os contratos assinados pelo Governo do Pará para supervisão das obras indicam que algumas intervenções podem se estender até 2027. O governo afirma que as obras estão seguindo o cronograma, mas a falta de informações sobre o andamento de várias delas gera incertezas sobre a preparação para a COP 30.
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