O Jockey Club de São Paulo está enfrentando problemas financeiros e pode ser desapropriado para a criação de um parque, uma ideia que vem sendo discutida desde 2022. A prefeitura avaliou o terreno em 95 milhões de reais, mas o clube discorda do valor e da cobrança de IPTU, alegando que deveria pagar um imposto diferente, já que realiza atividades de criação de cavalos. O Jockey deve mais de 800 milhões de reais em IPTU e afirma que é o único clube na cidade a ter essa cobrança, conforme uma lei de 2008. A diretoria do Jockey considera a avaliação do terreno incorreta e defende que a desapropriação não é do interesse público, já que o espaço é acessível e possui um acervo cultural importante. A prefeitura planeja usar a “dação em pagamento”, onde o valor da desapropriação seria descontado das dívidas tributárias, mas a cobrança de impostos continuaria mesmo após a desapropriação. O Jockey, que já enfrenta dificuldades há anos, viu a frequência de corridas cair e muitos sócios deixarem de pagar mensalidades. Moradores do bairro Cidade Jardim estão preocupados com a desapropriação, temendo interesses imobiliários e falta de transparência. O Jockey já passou por desapropriações antes, como a área que virou o Parque Chácara do Jockey, cuja avaliação ainda está na Justiça. Um arquiteto destacou a importância de um novo parque, mas alertou sobre os custos que a prefeitura pode ter. A situação do Jockey está sendo acompanhada enquanto a prefeitura avança nas negociações para a desapropriação.
O Jockey Club de São Paulo enfrenta uma crise financeira e a possibilidade de desapropriação para a criação de um parque, proposta discutida desde 2022. A prefeitura avaliou o terreno em R$ 95 milhões, enquanto o clube contesta o valor e a legalidade da cobrança de IPTU, alegando dificuldades financeiras.
A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) articula a desapropriação do terreno, que abriga o clube desde 1941. O Jockey deve mais de R$ 800 milhões em IPTU e argumenta que não deveria pagar esse imposto, mas sim o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), devido às suas atividades de criação de cavalos. O clube também reclama de ser o único na cidade a arcar com o IPTU, conforme uma lei de 2008.
A diretoria do Jockey contesta a avaliação do terreno, afirmando que ele vale muito mais do que a prefeitura propõe. Em nota, o clube destacou que há um “profundo equívoco” nos lançamentos do IPTU e que a desapropriação não atende ao interesse público, já que o espaço é acessível à população e abriga um importante acervo cultural.
A prefeitura pretende utilizar a “dação em pagamento”, onde o valor da desapropriação seria descontado das dívidas tributárias. No entanto, a cobrança de impostos continuaria mesmo após a desapropriação. O Jockey, que enfrenta uma crise há décadas, viu sua frequência de corridas diminuir e muitos sócios deixaram de pagar as mensalidades.
A desapropriação gera apreensão entre os moradores do bairro Cidade Jardim. Alice Maria Barretto Prado Ferreira, presidente da Sociedade Amigos da Cidade Jardim, expressou preocupações sobre possíveis interesses imobiliários e a falta de transparência no processo. O Jockey já enfrentou desapropriações anteriores, como a área transformada no Parque Chácara do Jockey, cuja avaliação ainda é discutida na Justiça.
O arquiteto Valter Cadana, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ressaltou a importância de um novo parque, mas alertou sobre a necessidade de garantir que a prefeitura não incorra em altos custos. A situação do Jockey continua a ser monitorada, enquanto a prefeitura avança nas tratativas para a desapropriação.
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