A bancada católica no Congresso Nacional está se fortalecendo e buscando mais influência na política, seguindo o exemplo da bancada evangélica. Eles estão promovendo uma agenda de costumes, especialmente em relação ao aborto. Recentemente, a bancada organizou uma sessão na Câmara com a cruz da primeira missa do Brasil e planeja se encontrar com o Papa Leão XIV em junho. Além disso, estão apoiando leis mais restritivas sobre o aborto, como um projeto que equipara a interrupção da gravidez após a 22ª semana ao crime de homicídio. A bancada católica também está se unindo a políticos ligados ao bolsonarismo, com um aumento significativo de membros do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. A nova bancada no Senado foi criada por Marcos Pontes, do PL-SP, e conta com deputados que têm se destacado em ações e discursos em apoio a Bolsonaro. A bancada realiza missas na Câmara e busca apoio de líderes religiosos para suas iniciativas. A antropóloga Brenda Carranza observa que essa nova organização católica é uma resposta ao crescimento da bancada evangélica e reflete uma mudança na forma como os católicos se posicionam na política.
A Frente Parlamentar Católica tem se fortalecido no Congresso Nacional, seguindo o exemplo da bancada evangélica. O grupo busca influenciar a legislação, especialmente em temas como o aborto. Recentemente, parlamentares católicos planejam uma audiência com o Papa Leão XIV no Vaticano, em junho, e promovem legislações antiaborto.
A bancada católica, que realizou uma sessão simbólica na Câmara em abril, conta com apoio significativo do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Um quarto dos signatários da frente parlamentar atual é do PL, um aumento em relação ao último mandato, onde a proporção era de um para dez.
Marcos Pontes (PL-SP) inaugurou uma bancada católica no Senado, logo após a morte do Papa Francisco. O deputado Luiz Gastão (PSD-CE) preside a bancada, que inclui figuras ligadas ao bolsonarismo, como Bia Kicis (PL-DF) e Chris Tonietto (PL-RJ). A deputada Simone Marquetto (MDB-SP) foi responsável por trazer a cruz da primeira missa brasileira para a Câmara.
A bancada católica é vista como uma resposta ao crescimento da bancada evangélica e busca criar alianças para promover uma agenda moral. O antropólogo Rodrigo Toniol destaca que a bancada católica tem se tornado mais vocal, ampliando sua inserção na política.
Além da audiência com o Papa, a bancada planeja apresentar a “Lei do Rosário”, que estabelece o dia 7 de outubro como o “Dia Nacional do Rosário da Virgem Maria”. Em eventos recentes, a bancada tem realizado missas e orações, incluindo uma pela recuperação de Jair Bolsonaro.
A atuação da bancada católica contrasta com a abordagem mais discreta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A antropóloga Brenda Carranza observa que a atual configuração reflete uma guinada “confessional”, onde os políticos se identificam abertamente como católicos.
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