Política

Abuelas de Plaza de Mayo utiliza inteligência artificial para identificar netos desaparecidos

Abuelas de Plaza de Mayo utilizam inteligência artificial para localizar 300 netos de desaparecidos da ditadura argentina. Urgência na busca!

Detalhe de um cartel com fotografia de bebês roubados durante a ditadura argentina e de jovens recuperados pelas Abuelas de Plaza de Mayo. (Foto: Natacha Pisarenko/AP)

Detalhe de um cartel com fotografia de bebês roubados durante a ditadura argentina e de jovens recuperados pelas Abuelas de Plaza de Mayo. (Foto: Natacha Pisarenko/AP)

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As Abuelas de Plaza de Mayo iniciaram um projeto inovador com inteligência artificial para identificar cerca de 300 netos de desaparecidos durante a ditadura argentina. A iniciativa, em parceria com a Universidade de Buenos Aires e a empresa Quantit, visa digitalizar arquivos e automatizar investigações que antes eram feitas manualmente.

Desde sua fundação em 1977, as Abuelas já recuperaram 139 netos. A última restituição ocorreu em janeiro de 2025, quando Paula Inama foi encontrada. O projeto busca modernizar a abordagem da organização, que tem enfrentado desafios financeiros e políticos sob o governo atual. A presidente das Abuelas, Estela de Carlotto, enfatizou a importância de envolver novas gerações na defesa dos direitos humanos, afirmando que “o olvido é perigoso”.

O primeiro passo do projeto é digitalizar milhares de documentos, incluindo testemunhos e investigações judiciais. A inteligência artificial será utilizada para extrair dados relevantes e priorizar casos com maior probabilidade de sucesso. Carolina Villella, coordenadora do time jurídico, destacou que a organização sempre buscou inovação, utilizando ciência e tecnologia em sua missão.

Metodologia do Projeto

O trabalho envolverá estudantes e pesquisadores do Conselho Nacional de Investigações Científicas (Conicet) e da Universidade Nacional de San Martín. O decano da faculdade de Ciências Naturais, Guillermo Durán, explicou que a ideia é cruzar informações que atualmente são analisadas manualmente, o que pode levar a erros. A última etapa do processo será a realização de análises genéticas para confirmar identidades.

As Abuelas enfrentam um contexto adverso, com a atual administração cortando apoio financeiro e questionando a cifra de 30 mil desaparecidos. Villella ressaltou a urgência da busca, já que muitos netos têm entre 45 e 50 anos e as Abuelas estão envelhecendo. A mobilização da sociedade civil é vista como essencial para o sucesso da busca, que abrange um vasto número de registros.

O projeto representa um passo significativo na luta das Abuelas, que sempre se adaptaram às novas tecnologias. A utilização de inteligência artificial é vista como uma ferramenta crucial para acelerar a identificação dos netos ainda desaparecidos.

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