Após a nomeação do cardeal Robert Francis Prevost como papa Leão 14, surgiram dúvidas sobre se ele dará continuidade à agenda do papa Francisco, especialmente em relação à participação das mulheres na Igreja. Embora tenha havido um aumento na presença feminina na Cúria Romana, com 26% das posições ocupadas por mulheres, as reformas desejadas por católicas em todo o mundo parecem estagnadas. Prevost, ao contrário de outros líderes que apoiam o diaconato feminino, não se posicionou sobre o tema e mantém uma postura discreta. Especialistas afirmam que a estrutura da Igreja, marcada por uma visão patriarcal, dificulta mudanças significativas. Em 2023, um grupo de 200 católicas enviou uma carta aberta pedindo desculpas à Igreja pelas violações históricas contra as mulheres, destacando que as relações entre os gêneros na Igreja estão prejudicadas por estereótipos negativos. A Igreja, dominada por homens desde sua formação, enfrenta desafios para ouvir e implementar as reivindicações femininas, refletindo preconceitos históricos que ainda influenciam sua estrutura e doutrina.
O cardeal Robert Francis Prevost foi nomeado papa Leão 14, gerando debates sobre a continuidade da agenda do papa Francisco, especialmente em relação à participação feminina na Igreja. Análises indicam que, apesar de avanços na presença feminina na Cúria Romana, as reformas desejadas por católicas globalmente permanecem estagnadas sob sua liderança.
Desde a nomeação de Prevost, surgiram questionamentos sobre sua postura em relação à questão feminina. Embora tenha havido um aumento na presença de mulheres na Cúria, que passou de 19,3% para 26%, as mudanças significativas ainda são vistas como improváveis. Teólogas e sociólogas afirmam que o novo papa não deve retirar o poder das mulheres em cargos-chave no Vaticano.
Prevost, ao contrário de outros papáveis, não se posicionou sobre o diaconato feminino e mantém uma postura diplomática e discreta. Essa inércia é atribuída a uma estrutura e teologia patriarcal que permeiam a Igreja, refletindo preconceitos históricos que ofuscam a dignidade humana e a sinodalidade, segundo a cientista social Priscila Kikuchi.
Reivindicações Globais
A luta por maior participação feminina na Igreja é global. Em 2023, cerca de duzentas católicas enviaram uma carta aberta às hierarquias eclesiásticas, pedindo desculpas pelas violações cometidas contra mulheres ao longo dos séculos. Entre as signatárias estavam a teóloga Anne Soupa e a missionária Elisa Kidané.
A carta destaca que as relações entre homens e mulheres na Igreja estão “doentes”, imbuídas de estereótipos que desvalorizam o feminino. A estrutura de poder da Igreja, dominada por homens, dificulta a ressonância de reivindicações reformadoras, uma vez que apenas vozes masculinas ecoam em ambientes de decisão, como conclaves.
A Igreja, como instituição, reflete a dinâmica social vigente, marcada por um patriarcalismo arraigado. A doutoranda em Teologia Karolayne Maria Vieira Camargo ressalta que preconceitos históricos ainda influenciam a estrutura eclesiástica, ofuscando a proposta evangélica de respeito à dignidade humana.
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