Um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo propõe a instalação de câmeras em salas de aula das escolas estaduais. O deputado Lucas Bove, autor do projeto, afirma que as câmeras vão ajudar a garantir a segurança de alunos e professores, além de documentar comportamentos inadequados, como violência e bullying. Ele menciona um estudo que mostra que muitos estudantes e professores já sofreram violência nas escolas. No entanto, especialistas criticam a ideia, dizendo que as câmeras não vão impedir a violência e que o problema é mais complexo, envolvendo fatores sociais. Além disso, há preocupações sobre a legalidade do projeto, que pode afetar a liberdade de ensino. A oposição vê a proposta como uma forma de censura e controle sobre os professores. Bove defende que o projeto é uma tentativa de proteger os alunos e professores, mas críticos apontam que ele não aborda questões mais profundas, como a falta de investimento em educação. O custo estimado para implementar o projeto é de R$ 500 milhões, e a proposta não considera o orçamento necessário para melhorar a segurança nas escolas.
Tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) um projeto de lei que propõe a instalação de câmeras em salas de aula de escolas estaduais. A iniciativa, de autoria do deputado Lucas Bove (PL-SP), busca garantir a segurança de alunos e professores, além de documentar comportamentos inadequados, como violência e bullying.
O projeto surge em meio a preocupações com a segurança nas escolas, especialmente após um estudo da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo) que revelou que quarenta e oito por cento dos estudantes e dezenove por cento dos professores já foram vítimas de violência. Bove argumenta que a tecnologia pode ajudar a melhorar o ambiente escolar, afirmando que “alunos não conseguem estudar, professores não conseguem dar aula”.
No entanto, o projeto enfrenta críticas. Especialistas, como a advogada Cléo Garcia, afirmam que as câmeras não inibiriam atos violentos, pois adolescentes que cometem ataques buscam visibilidade. Garcia destaca que a violência nas escolas é um problema multifatorial e que medidas educativas são essenciais para a prevenção.
A oposição ao projeto é forte. O deputado Simão Pedro (PT-SP) considera a proposta uma tentativa de censura e vigilância, afirmando que se esconde sob o pretexto de segurança. Bove, por sua vez, defende que a proposta visa proteger alunos e professores, e critica a esquerda por tratar o tema como uma questão ideológica.
O custo estimado para a implementação do projeto é de R$ 500 milhões, com a maior parte dos gastos voltada para o armazenamento seguro dos dados, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Além disso, a deputada Fabiana Bolsonaro (PL-SP) protocolou um projeto que visa afastar professores que realizem doutrinação política, intensificando o debate sobre a liberdade pedagógica nas escolas.
Entre na conversa da comunidade