Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, confirmou que conversou com comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de um estado de sítio e estado de defesa após sua derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse que buscava alternativas dentro da Constituição após o Tribunal Superior Eleitoral rejeitar recursos do seu partido, o PL. Bolsonaro afirmou que discutiu essas possibilidades com pessoas de confiança, incluindo militares, e defendeu que não há problema em discutir essas opções. Ele comparou sua situação à da ex-presidente Dilma Rousseff, que também considerou decretar estado de sítio durante seu impeachment. Bolsonaro é réu em investigações sobre uma suposta tentativa de golpe após as eleições e está sendo investigado pela Polícia Federal, que encontrou indícios de um plano para assassinar Lula.
O ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu, em entrevista, que conversou com comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de um estado de sítio e um estado de defesa após sua derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi feita no dia quatorze de maio de dois mil e vinte e cinco, em uma conversa com jornalistas do site UOL.
Bolsonaro afirmou que as discussões ocorreram após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar recursos do Partido Liberal, que contestavam a invalidação de parte dos votos do segundo turno. Ele alegou que buscava alternativas dentro da Constituição para evitar a manutenção do resultado eleitoral. “O que foi discutido foram hipóteses de dispositivos condicionais. Algum problema nisso?”, questionou.
Contexto das Conversas
O estado de sítio é uma medida extrema prevista na Constituição, que pode ser acionada em situações que ameacem a ordem e a estabilidade do país. Para sua implementação, é necessária autorização do Congresso Nacional. Durante as conversas, Bolsonaro se reuniu com os comandantes Freire Gomes, Baptista Júnior e Almir Garnier. Segundo investigações, apenas Garnier teria concordado com a ideia.
Além disso, Bolsonaro é réu em processos relacionados a uma suposta tentativa de golpe de Estado, que inclui a participação de outras trinta e seis pessoas, incluindo ex-ministros e ex-comandantes militares. A Polícia Federal encontrou indícios de que o ex-presidente teria conhecimento de um plano para assassinar Lula, o que agrava sua situação legal.
Bolsonaro comparou sua situação à da ex-presidente Dilma Rousseff, que, segundo ele, também considerou decretar estado de sítio durante seu impeachment em dois mil e dezesseis.
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