O desmatamento no Brasil caiu 32,4% entre 2023 e 2024, com reduções em todos os biomas, exceto na Mata Atlântica, que se manteve estável. Desde 2019, o país perdeu 9,9 milhões de hectares de florestas, principalmente na Amazônia. A Amazônia teve uma queda de 16,8% no desmatamento, enquanto o Cerrado reduziu em 41,2%. Apesar dos avanços, a degradação florestal aumentou 163% na Amazônia, o que significa que as florestas estão sendo danificadas, mesmo que não estejam sendo totalmente destruídas. O governo Lula enfrenta pressões políticas para liberar áreas para exploração, mas o Ibama, sob a liderança de Marina Silva, tem conseguido manter a redução do desmatamento, mesmo com desafios e críticas. A situação é complexa, pois a demanda por produtos agrícolas e a exploração de recursos naturais continuam a pressionar as políticas de proteção ambiental.
Levantamento da rede MapBiomas, divulgado em 15 de maio de 2024, revela que o desmatamento no Brasil caiu 32,4% entre 2023 e 2024. O estudo aponta que, desde 2019, o país destruiu 9,9 milhões de hectares de florestas, com 67% dessa área localizada na Amazônia Legal.
A queda no desmatamento foi observada em todos os biomas, exceto na Mata Atlântica, que se manteve estável. Na Amazônia, a área desmatada caiu de 1,2 milhão de hectares em 2022 para 377,7 mil hectares em 2024, uma redução de 16,8%. O Cerrado, que teve um aumento significativo em 2023, também apresentou uma diminuição de 41,2% em 2024, totalizando 652,1 mil hectares desmatados.
Desafios e Pressões
Apesar dos avanços, o governo Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta pressões políticas que dificultam a implementação de políticas de proteção ambiental. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conseguiram manter a redução do desmatamento por dois anos consecutivos, mesmo diante de desafios no Congresso Nacional.
A pesquisa indica que o agronegócio pode coexistir com a sustentabilidade. Em Goiás, um dos principais estados produtores, a queda no desmatamento foi de 75%. No entanto, a degradação florestal aumentou 163% na Amazônia, evidenciando a necessidade de um plano de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Incêndios e Degradação
O aumento da degradação florestal é preocupante, especialmente com a incidência de 140,3 mil focos de calor na Amazônia em 2024, o maior número desde 2007. A pressão por exploração de recursos naturais, como petróleo na Margem Equatorial, também gera tensões. O presidente Lula afirmou que a exploração é necessária para financiar a transição energética, mas isso levanta questões sobre a proteção ambiental.
O cenário atual exige uma vigilância constante e um compromisso firme com a redução do desmatamento. A atuação do Ibama é crucial, mas enfrenta resistência de setores que buscam flexibilizar as leis ambientais. A continuidade da queda no desmatamento dependerá de ações efetivas e do apoio à fiscalização.
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