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Homenagem a general da Guerra Sucia revela poder militar no México atual

Controvérsia marca homenagem a general da Guerra Sucia no México, revelando a influência militar no governo de Claudia Sheinbaum.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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O general Hermenegildo Cuenca Díaz, que teve um papel importante durante a Guerra Sucia no México, foi homenageado recentemente em um evento oficial. O secretário da Defesa, Ricardo Trevilla Trejo, prestou honras a ele, o que gerou críticas sobre a influência dos militares no governo de Claudia Sheinbaum, que se diz de esquerda. Cuenca Díaz é conhecido por ter assinado ordens que resultaram na morte de muitos opositores durante um dos períodos mais violentos da história do país. Apesar das atrocidades cometidas, o exército mexicano continua a ter um papel significativo na sociedade, assumindo funções civis como a construção de infraestrutura. Esse tipo de homenagem não é novo e já havia ocorrido com outros militares, mas a situação atual é vista como um reflexo dos privilégios que o exército mantém, levantando questões sobre a relação entre o governo e as forças armadas. Especialistas apontam que essa homenagem pode ser uma forma de reconhecimento ao exército, que enfrenta desafios na luta contra o narcotráfico, mas muitos consideram que isso contradiz a posição do governo sobre os abusos do passado. A popularidade de Sheinbaum e do exército permanece alta, mesmo diante de críticas sobre a militarização e a falta de responsabilidade em suas ações.

O general Hermenegildo Cuenca Díaz, associado à Guerra Sucia no México, recebeu homenagens em um evento oficial, destacando a influência militar no país. O secretário da Defesa, Ricardo Trevilla Trejo, prestou honras a Cuenca Díaz, gerando polêmica sobre os privilégios do Exército e a contradição nas políticas do governo de esquerda de Claudia Sheinbaum.

Os restos de Cuenca Díaz foram colocados em um nicho de honra no Panteão de Dolores, em cerimônia que contou com a presença de Trevilla Trejo e altos oficiais do Exército. A homenagem ocorre em um contexto onde o governo de Sheinbaum critica os anos de repressão da era Echeverría, enquanto reconhece figuras ligadas a esse período. A Guerra Sucia resultou em cerca de 10 mil vítimas no México.

Trevilla Trejo, além de militar, é responsável pela defesa nacional e enfrenta desafios em relação a propostas de reforma que visam aumentar os poderes do secretário de Segurança, Omar García Harfuch. A decisão de homenagear Cuenca Díaz, um dos principais responsáveis por ordens de “extermínio” durante a repressão, levanta questões sobre a relação entre o governo e os militares.

Críticas e Reações

A homenagem gerou reações negativas entre especialistas e defensores dos direitos humanos. O professor Alejandro Martínez Serrano, da Universidade de La Salle, criticou os “privilegios” do Exército, que, segundo ele, têm se expandido além da lei. Ele questiona a lógica por trás do reconhecimento a um militar associado a um dos períodos mais sombrios da história mexicana.

A pesquisadora Mónica Serrano, do Colégio de México, considera a homenagem desnecessária e um possível desafio às vítimas da Guerra Sucia. Ela sugere que a situação atual do Exército, que enfrenta altos índices de mortalidade em confrontos com o narcotráfico, pode ter influenciado essa decisão.

A popularidade de Claudia Sheinbaum permanece alta, mesmo diante das críticas. O evento evidencia a complexa relação entre o governo e os militares, que continuam a desempenhar um papel significativo na política e na segurança do país.

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