O governo Trump permitiu a venda de um dispositivo que faz rifles semiautomáticos dispararem mais rápido, o que preocupa ativistas de controle de armas. O Departamento de Justiça anunciou essa decisão após um acordo com a fabricante Rare Breed Triggers, que estava sendo processada pela administração Biden. O dispositivo, chamado de “gatilho de reset forçado”, permite que o rifle dispare em uma cadência maior ao reiniciar automaticamente o gatilho após cada tiro. Em 2022, a ATF classificou esses dispositivos como armas automáticas ilegais. A decisão de permitir a venda foi criticada por grupos que defendem o controle de armas, que afirmam que isso pode levar a mais tiroteios em massa. Eles argumentam que a venda desses dispositivos sem checagem de antecedentes representa um risco à segurança pública.
O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, autorizou a venda de dispositivos que aumentam a cadência de tiro em rifles semiautomáticos. A decisão, anunciada pelo Departamento de Justiça, faz parte de um acordo com a fabricante Rare Breed Triggers, após um processo movido pela administração Biden. A procuradora-geral, Pamela Bondi, afirmou que a medida visa proteger o direito constitucional de portar armas.
Os dispositivos, conhecidos como gatilhos de reset forçado (FRT), permitem que um rifle semiautomático dispare mais rapidamente ao reiniciar automaticamente o gatilho após cada tiro. Em 2022, a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) os classificou como armas automáticas, sujeitas a regulamentações rigorosas. A fabricação de metralhadoras para uso civil foi banida desde 1986.
O acordo resolve disputas legais em andamento, incluindo uma ação judicial em Nova York que bloqueou a venda dos FRTs. A National Association of Gun Rights (NAGR) celebrou a decisão, afirmando que ela representa uma vitória para os proprietários de armas. O presidente da NAGR, Dudley Brown, declarou que o acordo estabelece um precedente importante para a proteção dos direitos dos cidadãos.
Reações ao Acordo
A decisão gerou forte reação entre legisladores democratas e grupos de controle de armas. Vanessa Gonzalez, vice-presidente da GIFFORDS, criticou o governo Trump, afirmando que a medida “efetivamente legaliza metralhadoras” e pode resultar em mais violência armada. A Brady United, outra organização de defesa do controle de armas, alertou que a venda dos FRTs permitirá que “armas de guerra altamente perigosas” sejam adquiridas sem verificação de antecedentes.
O Departamento de Justiça afirmou que o acordo inclui condições para garantir a segurança pública, como a proibição de desenvolvimento de FRTs para pistolas. A Rare Breed também se comprometeu a promover o uso seguro de seus produtos. A controvérsia em torno da regulamentação de armas nos EUA continua a ser um tema polarizador, especialmente após eventos recentes de violência armada.
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