O governo federal e o estadual de São Paulo firmaram um acordo para reassentar 800 famílias da favela do Moinho, que enfrenta problemas de infraestrutura e segurança. O local, que pertence à União, é considerado arriscado por estar entre duas linhas de trem. As famílias que deixarem a favela poderão comprar imóveis de até R$ 250 mil, com financiamento da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, e o governo paulista cobrirá até 70% dos custos para quem ganha até um salário mínimo. Durante a mudança, as famílias receberão um auxílio-aluguel de R$ 800. Até agora, 90% dos moradores aceitaram a proposta e 180 já saíram. O governo também vai subsidiar as habitações com R$ 180 mil e retomar as negociações para a construção de um parque na área, que haviam sido paralisadas.
Depois de intensas disputas políticas, a favela do Moinho, em São Paulo, se tornou um exemplo de colaboração entre o governo federal e o estadual. Na última quinta-feira, 15, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Tarcísio de Freitas assinaram um acordo para reassentar 800 famílias da comunidade, que enfrenta sérios problemas de infraestrutura e segurança.
O terreno, que pertence à União, é considerado arriscado devido à sua localização entre duas linhas férreas. A área, que recentemente recebeu acesso a água e esgoto, já foi palco de incêndios e disputas de posse, além de ser afetada pela presença do crime organizado. Por isso, a desocupação se tornou uma necessidade urgente.
O plano prevê que as famílias que deixarem a favela poderão adquirir imóveis de até R$ 250 mil, com financiamento da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). O governo paulista arcará com até 70% dos custos para famílias com renda mínima de um salário mínimo. Contudo, estima-se que 30% dos moradores não atendam a esse critério. Durante a transição, as famílias receberão um auxílio-aluguel de R$ 800 mensais.
Avanços nas Negociações
Até o momento, 90% dos moradores aceitaram a proposta, e 180 famílias já deixaram a favela. Com o novo acordo, a União subsidiará integralmente as habitações, com um aporte de R$ 180 mil, enquanto o estado contribuirá com R$ 70 mil. As famílias também receberão R$ 1.200 durante o processo de avaliação dos imóveis.
Além disso, as negociações para a construção de um parque na área foram retomadas. As tratativas haviam sido interrompidas devido a discordâncias sobre o processo de demolição das casas e ações da Polícia Militar. O Moinho reflete o déficit habitacional e de infraestrutura que afeta São Paulo e outras cidades do Brasil, destacando a importância de parcerias entre diferentes esferas de governo para enfrentar esses desafios históricos.
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