O conselho da Petrobras se reunirá para destituir Maurício Tolmasquim, que vai para a Eletrobras. William França será o diretor interino, enquanto William Nozaki, atual gerente executivo, foi escolhido como o novo diretor de Transição Energética, com apoio do PT. Nozaki precisa passar por uma análise de compliance e ser aprovado pelo conselho antes de assumir o cargo. Ele tem ligações com sindicatos de petroleiros e foi parte do grupo de transição do presidente Lula. Nozaki já ocupou cargos importantes, como assessor no BNDES e diretor do Ineep, e sua nomeação foi questionada por falta de experiência. A mudança na diretoria reflete a influência do PT na Petrobras e a resistência a pressões externas, especialmente do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
O conselho de administração da Petrobras se reunirá nesta sexta-feira (23) para destituir Maurício Tolmasquim do cargo de diretor de Transição Energética e Sustentabilidade. Tolmasquim deixará a estatal para assumir uma vaga no conselho da Eletrobras. William França, atual diretor de Processos Industriais e Produtos, será o interino até a nomeação de William Nozaki, escolhido pela CEO Magda Chambriard.
Nozaki, que atualmente ocupa uma gerência executiva na Petrobras, tem forte ligação com sindicatos de petroleiros e apoio do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele foi membro do grupo de transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e já atuou como diretor do Instituto de Estudos Estratégicos em Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), vinculado à Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A nomeação de Nozaki ainda precisa passar por análise de compliance e aprovação do conselho. Ele foi indicado em meio a críticas sobre o cumprimento de requisitos para cargos na estatal, mas a Petrobras afirmou que todos os candidatos passaram por análises de integridade e capacidade de gestão. A escolha de Nozaki representa uma vitória para a CEO e uma derrota para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que buscava aumentar sua influência na companhia.
Tolmasquim, que também tinha vínculos com o PT, foi um dos responsáveis pela elaboração do programa energético do primeiro mandato de Lula e foi o primeiro presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Sua saída ocorre em um contexto de disputas políticas internas, com a CEO buscando manter a diretoria sob controle do PT e resistindo à pressão do Centrão.
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