Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?

Deportações geram lucros bilionários nos EUA durante governo Trump, revela jornal

Gastos com deportações nos EUA superam US$ 13 bilhões em uma década, enquanto histórias de imigrantes como Andry Blanco revelam o impacto humano.

Telinha
Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
0:00 0:00

O governo Trump aumentou as deportações de imigrantes, fazendo com que os gastos com empresas privadas que cuidam desse processo subissem 50%. Uma reportagem mostrou que, na última década, esses gastos ultrapassaram 13 bilhões de dólares. Um exemplo é a história de Andry Blanco, um venezuelano que foi deportado para El Salvador após ser detido várias vezes, mesmo sem antecedentes criminais. Ele foi levado para centros de detenção no Texas, onde o custo diário por detento varia entre 48 e 106 dólares. Durante sua detenção, os gastos com alimentação e cuidados médicos foram altos, totalizando milhões de dólares. Após ser liberado, Blanco foi detido novamente e, em março de 2025, deportado junto com outros migrantes, todos acusados de vínculos com gangues. Os Estados Unidos pagam anualmente 6 milhões de dólares ao governo salvadorenho para manter esses deportados.

A campanha de deportação em massa do governo do ex-presidente Donald Trump resultou em um aumento de 50% nos gastos com empresas privadas que operam no sistema de imigração. Uma reportagem do Wall Street Journal revelou que, na última década, os contratos de deportação ultrapassaram US$ 13 bilhões (R$ 73,4 bilhões). A expectativa é que esses gastos continuem a crescer com a intensificação das ações contra imigrantes.

A história de Andry Blanco Bonilla, um venezuelano de 40 anos, exemplifica o funcionamento desse sistema. Após ser detido em várias unidades, Blanco foi deportado para El Salvador, junto com mais de 200 estrangeiros. Seu processo começou em fevereiro de 2024, quando um agente do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) o acusou de envolvimento com gangues, apesar de não ter antecedentes criminais.

Blanco foi transferido para o centro de detenção Prairieland, no Texas, operado pela LaSalle Corrections, que recebe cerca de US$ 17 milhões (R$ 96 milhões) anualmente. Em seguida, ele foi levado para o centro Bluebonnet, gerenciado pela Management and Training Corp, que já acumulou mais de US$ 240 milhões (R$ 1,3 bilhão) em contratos desde 2014. O custo diário por detento varia entre US$ 48 (R$ 271) e US$ 106 (R$ 598).

Sistema de Detenção

Durante sua detenção, Blanco tinha direito a três refeições diárias, com gastos totais em alimentação superando US$ 4 milhões (R$ 22 milhões) nos últimos anos. Além disso, empresas como Arora Group e Amergis Healthcare Staffing receberam mais de US$ 24 milhões (R$ 135 milhões) para fornecer cuidados médicos. A complexidade do sistema de detenção, com cerca de cem unidades operadas por grandes empresas, dificulta o rastreamento dos imigrantes.

Após ser liberado em julho de 2024, devido à recusa da Venezuela em aceitar deportações, Blanco retomou sua vida em Dallas. No entanto, em fevereiro de 2025, ele foi novamente detido pelo ICE. A prática de transferências frequentes de migrantes tem se intensificado, dificultando a comunicação com advogados e familiares.

Em março de 2025, Blanco e outros 260 migrantes foram deportados para o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot) em El Salvador, acusados de vínculos com a gangue Tren de Aragua. As deportações ocorreram rapidamente, em um período em que a Lei do Inimigo Estrangeiro de 1798 estava em vigor. Os EUA pagam US$ 6 milhões (R$ 33 milhões) anualmente ao governo salvadorenho pela detenção desses indivíduos.

Relacionados:

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais