Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, surpreendeu ao apoiar Lula nas eleições de 2022, mas agora critica a gestão econômica do governo. Ele destaca que o governo não tem um plano claro e sugere que o salário mínimo seja ajustado apenas pela inflação por seis anos para aliviar a pressão fiscal. Fraga acredita que a situação fiscal é grave e que o governo deve enfrentar reformas para garantir crescimento econômico. Ele critica o recente contingenciamento fiscal e a elevação de impostos, afirmando que isso não resolve os problemas. Fraga expressa decepção com o governo atual, que não apresenta um caminho claro para o país, e ressalta que, se Lula se reeleger, terá que lidar com as consequências de sua própria administração. Ele também defende a revisão de incentivos fiscais e a importância de uma reforma administrativa para melhorar a eficiência do Estado. Fraga elogia a atuação de Gabriel Galípolo no Banco Central, mas alerta que a política monetária está sobrecarregada devido à falta de um bom resultado fiscal. Ele acredita que o Brasil precisa se preparar para os desafios globais e navegar com habilidade em um cenário internacional complicado.
Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, expressou descontentamento com a gestão econômica do governo Lula, após ter apoiado o petista nas eleições de 2022. Em entrevista à revista VEJA, Fraga afirmou que “o governo não tem um caminho para o país” e criticou o recente contingenciamento fiscal de R$ 31 bilhões.
Fraga propôs que, por seis anos, o salário mínimo seja corrigido apenas pela inflação, sem ganhos reais. Essa medida, segundo ele, ajudaria a aliviar a pressão fiscal, já que os maiores gastos do governo estão atrelados ao mínimo. “Se Lula se reeleger, não poderá culpar os outros”, alertou Fraga, enfatizando a gravidade da situação fiscal.
O ex-presidente do Banco Central avaliou que o arcabouço fiscal atual é insuficiente e que o governo não está abordando os grandes temas que poderiam trazer estabilidade econômica. Ele criticou a decisão de aumentar impostos sobre operações financeiras, considerando-a “desastrosa” e um sinal de que o governo continua a buscar mais arrecadação em vez de enfrentar o lado dos gastos.
Fraga também comentou sobre a necessidade de reformas estruturais, como a administrativa, que, segundo ele, é crucial para um Estado mais eficiente. Ele defendeu que a privatização deve ser considerada com cautela, ressaltando a importância de uma governança adequada nas estatais.
Por fim, Fraga destacou a importância de revisar os incentivos fiscais, considerando isso uma oportunidade para o Brasil. Ele acredita que a redução de gastos tributários poderia liberar recursos para investimentos e melhorar a competitividade do país.
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