O ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, afirmou que não houve tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder e pediu desculpas por críticas ao sistema eleitoral. Ele disse que não encontrou provas de fraude nas urnas eletrônicas e que foi pressionado a incluir essa possibilidade em um relatório que coordenou em 2022. Nogueira revelou que Bolsonaro ficou deprimido após o segundo turno das eleições e que se sentia melhor com as visitas dos comandantes das Forças Armadas. Ele negou ter enviado o relatório final a Bolsonaro ou ter mudado qualquer parte a pedido do ex-presidente. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, confirmou a existência de uma minuta de golpe, mas negou ter participado de ações golpistas. Nogueira também comentou sobre uma reunião em 7 de dezembro, onde se discutiu a necessidade de manter a ordem em meio a manifestações. Ele destacou que a presença dos comandantes era importante para a saúde emocional de Bolsonaro e se posicionou claramente sobre os eventos que cercaram as eleições.
O ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira negou qualquer tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder e pediu desculpas por críticas ao sistema eleitoral. Durante depoimento, ele afirmou que não encontrou indícios de fraude nas urnas eletrônicas e que foi pressionado a incluir a possibilidade de fraudes no relatório final da comissão que coordenou em 2022.
Nogueira, que se manifestou sobre a situação após as eleições de 2022, revelou que Bolsonaro ficou “deprimido e doente” após o segundo turno. Ele mencionou que o ex-presidente se animava com as visitas dos comandantes das Forças Armadas ao Palácio da Alvorada. O ex-ministro descreveu o período pós-eleitoral como um “velório”, destacando sua preocupação com a saúde de Bolsonaro.
Pressões e Denúncias
O ex-ministro também negou ter despachado o relatório final com Bolsonaro ou alterado qualquer parte a pedido do ex-presidente. Ele expressou desconforto com as acusações de que teria colaborado em um plano de golpe, afirmando que nunca tratou de minuta de golpe com os comandantes militares. Nogueira ressaltou que a comissão foi responsável pela fiscalização do sistema eleitoral e que não houve apresentação de documentos que indicassem uma ruptura institucional.
Além disso, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, confirmou a existência de uma minuta de golpe, mas negou sua participação em qualquer ação golpista. Ele afirmou que o documento foi alterado para remover trechos que pediam a prisão de autoridades, exceto do ministro Alexandre de Moraes.
Reuniões e Interações
Nogueira também comentou sobre uma reunião em 7 de dezembro, onde discutiu a necessidade de garantir a lei e a ordem, em resposta a manifestações que poderiam se tornar violentas. Ele mencionou que Cid tinha “carta branca” para interagir nas reuniões e que a presença dos comandantes era importante para a saúde emocional de Bolsonaro.
O ex-ministro, que já havia se mantido em silêncio durante depoimentos anteriores à Polícia Federal, agora se posiciona de forma clara sobre os eventos que cercaram as eleições e a administração de Bolsonaro, buscando esclarecer sua atuação e as circunstâncias que levaram às alegações de golpe.
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