Forças aéreas da Rússia e China realizam patrulha conjunta perto do Japão e Coreia do Sul
Pelo segundo dia consecutivo, bombardeiros estratégicos da Rússia e da China realizaram uma patrulha aérea conjunta sobre o Mar do Japão, o Mar da China Oriental e o oeste do Oceano Pacífico, conforme informado pelo Ministério da Defesa da Rússia neste sábado, 30 de março de 2024. Os aviões militares, incluindo os russos Tu-95MS e os chineses H-6K, realizaram uma missão de oito horas, acompanhados por caças de ambos os países. As aeronaves russas decolaram e aterrissaram em um campo de aviação na China, e a patrulha ocorreu nas proximidades do Japão e da Coreia do Sul.
A nona patrulha aérea conjunta foi realizada na sexta-feira, 29 de março, e faz parte de um plano de cooperação anual entre as forças armadas da Rússia e da China, em vigor desde 2019. A emissora estatal chinesa CCTV destacou que a ação tem como objetivo testar e aprimorar o treinamento conjunto e as capacidades operacionais das duas forças aéreas. Apesar disso, a Coreia do Sul expressou protestos, alegando que a patrulha foi realizada sem aviso prévio.
Militares sul-coreanos relataram que caças foram lançados após a entrada de onze aeronaves militares chinesas e russas na zona de defesa aérea (ADIZ) do país. É importante ressaltar que, ao entrar em uma ADIZ, as aeronaves devem se identificar por razões de segurança, embora essas zonas não correspondam ao espaço aéreo territorial de um Estado soberano e frequentemente se sobreponham às ADIZs de outras nações.
Em julho de 2023, as forças armadas da Rússia e da China já haviam realizado uma patrulha aérea conjunta com bombardeiros estratégicos de capacidade nuclear perto do Alasca, o que resultou na resposta dos Estados Unidos e do Canadá, que lançaram caças em alerta. A continuidade dessas patrulhas aéreas conjuntas reflete a crescente cooperação militar entre os dois países em um contexto geopolítico tenso.