O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso na manhã de quarta-feira, 15 de janeiro, após a imposição da lei marcial em dezembro. A detenção ocorreu durante uma operação conjunta de investigadores e policiais, que invadiram seu complexo presidencial para cumprir um mandado de prisão. O Escritório Conjunto de Investigação confirmou que […]
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso na manhã de quarta-feira, 15 de janeiro, após a imposição da lei marcial em dezembro. A detenção ocorreu durante uma operação conjunta de investigadores e policiais, que invadiram seu complexo presidencial para cumprir um mandado de prisão. O Escritório Conjunto de Investigação confirmou que a prisão foi realizada às 10h33 e destacou que Yoon lamentou, em vídeo, o “colapso total do estado de direito” no país.
Yoon, que enfrenta acusações de insurreição por sua tentativa de impor a lei marcial, se tornou o primeiro presidente em exercício a ser preso na história sul-coreana. A operação de prisão foi marcada por resistência das forças de segurança presidencial, que tentaram impedir a entrada dos agentes. Após uma tentativa frustrada em janeiro, os investigadores conseguiram acessar o complexo, utilizando escadas para superar obstáculos.
A investigação se concentra na legalidade da imposição da lei marcial, que Yoon justificou como uma medida para proteger o país das “forças comunistas norte-coreanas”. Durante o interrogatório, Yoon se negou a responder às perguntas. Enquanto isso, o vice-primeiro-ministro Choi Sang-mok pediu que as autoridades evitassem conflitos físicos durante a operação.
Os advogados de Yoon contestaram a validade do mandado de prisão, alegando que ele deveria ser protegido por uma lei que impede buscas em locais com segredos militares sem consentimento. O mandado é válido até 21 de janeiro. Em frente à residência presidencial, apoiadores de Yoon protestaram, enquanto cerca de 30 deputados do Partido do Poder Popular se reuniram para demonstrar apoio ao presidente, que teve seus poderes suspensos após um impeachment em dezembro. O futuro político de Yoon agora depende do Tribunal Constitucional.
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