Em 9 de fevereiro de 2025, o Equador realizará eleições gerais para escolher presidente, vice-presidente, membros da assembleia e parlamentares. O atual presidente, Daniel Noboa, e Luisa González lideram as pesquisas em um cenário marcado por violência política e narcotráfico. Noboa, que busca a reeleição, tem 36,1% das intenções de voto, enquanto González aparece com […]
Em 9 de fevereiro de 2025, o Equador realizará eleições gerais para escolher presidente, vice-presidente, membros da assembleia e parlamentares. O atual presidente, Daniel Noboa, e Luisa González lideram as pesquisas em um cenário marcado por violência política e narcotráfico. Noboa, que busca a reeleição, tem 36,1% das intenções de voto, enquanto González aparece com 33%. A pesquisa foi realizada pela Comunicaliza entre 8 e 11 de janeiro, com mais de 5.200 entrevistados.
A eleição é vista como uma continuação da disputa de 2023, quando o candidato Fernando Villavicencio foi assassinado. Thiago Rodrigues, professor da UFF, destaca que o país permanece estagnado politicamente. A violência do crime organizado transformou o Equador em um dos maiores produtores de cocaína, levando a população a buscar candidatos com discursos mais duros contra o crime. A taxa de homicídios no país é de 38 por 100 mil habitantes, superior à do Brasil, que é de 22.
A violência política também é uma preocupação, com 30 prefeitos assassinados em um ano. Leonardo Trevisan, professor da ESPM, observa que a violência política pode aumentar nas vésperas das eleições. Além disso, o Equador enfrenta apagões e uma alta taxa de desemprego entre os jovens, mas a violência tem ofuscado essas questões. Noboa, de 37 anos, é filho de um magnata e chegou ao poder prometendo uma “repressão total” ao crime, mas especialistas afirmam que suas medidas não foram eficazes.
Luisa González, de 46 anos, é advogada e ex-secretária de Rafael Correa. Ela promete restaurar programas sociais e atacar as raízes do crime organizado, enfatizando a segurança cidadã e a prevenção ao crime. No entanto, professores criticam a falta de propostas sólidas de sua chapa. A disputa entre Noboa e González reflete a polarização política do país, com a população buscando soluções para a crescente violência e instabilidade.
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