O Exército colombiano anunciou na quarta-feira o início de “operações ofensivas” na região de fronteira com a Venezuela, em resposta a uma ofensiva do Exército de Libertação Nacional (ELN) que resultou em cerca de 80 mortos e mais de 36 mil deslocados. O general Eric Rodríguez, chefe de operações do Exército, afirmou que estão utilizando […]
O Exército colombiano anunciou na quarta-feira o início de “operações ofensivas” na região de fronteira com a Venezuela, em resposta a uma ofensiva do Exército de Libertação Nacional (ELN) que resultou em cerca de 80 mortos e mais de 36 mil deslocados. O general Eric Rodríguez, chefe de operações do Exército, afirmou que estão utilizando artilharia e focando em controlar os corredores de mobilidade para garantir a segurança das populações urbanas próximas a Tibú.
Desde o início da ofensiva do ELN em 16 de janeiro, a situação se agravou, especialmente para civis e dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) que não aderiram ao acordo de paz de 2016. O ministro do Interior, Juan Fernando Cristo, destacou que o governo do presidente Gustavo Petro decidiu agir não apenas militarmente, mas também na transformação do território. Petro também anunciou um estado de comoção interior para enfrentar a crise.
Mais de 30 líderes do ELN tiveram seus mandados de prisão reativados, após terem sido suspensos durante as negociações de paz. O número de deslocados é o maior desde a desmobilização das FARC, com muitos abrigados em estádios em Cúcuta e Ocaña. A indígena wayúu Zilenia Pana, de 48 anos, relatou sua fuga com os filhos durante os combates, pedindo paz para retornar a sua casa.
O Ministério da Defesa informou que mais de 5.500 pessoas estão confinadas em suas residências, impossibilitadas de sair devido à presença de combatentes do ELN. A Promotoria considera que a ofensiva do grupo representa um descumprimento das condições para a suspensão dos mandados de prisão. A proposta de “Paz total” do governo enfrenta desafios, com a diretora da Human Rights Watch, Juanita Goebertus, alertando sobre a crise no Catatumbo e a expansão do controle dos grupos armados nas comunidades rurais.
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