Gustavo Petro, presidente da Colômbia, decretou estado de comoção interna em Catatumbo, região nordeste do país, após uma onda de violência que resultou em cerca de 80 mortos e mais de 40 mil deslocados. A medida, anunciada na sexta-feira (24), visa enfrentar conflitos entre organizações criminosas, especialmente entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e […]
Gustavo Petro, presidente da Colômbia, decretou estado de comoção interna em Catatumbo, região nordeste do país, após uma onda de violência que resultou em cerca de 80 mortos e mais de 40 mil deslocados. A medida, anunciada na sexta-feira (24), visa enfrentar conflitos entre organizações criminosas, especialmente entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das Farc. Para reforçar a segurança, Petro enviou 5.000 soldados à área.
A Colômbia enfrenta a maior onda de violência em uma década, com mais de 100 mortos e 36 mil deslocados desde a semana passada. O foco dos confrontos está em Catatumbo, uma região estratégica para o narcotráfico, onde o ELN e dissidentes das Farc atacam a população civil. Petro qualificou esses ataques como “crimes de guerra”, levando à suspensão das negociações de paz com o ELN.
Desde a desmobilização das Farc em 2016, o ELN tem expandido sua influência, utilizando a Venezuela como retaguarda. O governo colombiano reativou ordens de prisão contra mais de 30 líderes do ELN, que haviam sido suspensas anteriormente. Entre os procurados estão figuras proeminentes como Pablo Beltrán e Gabino.
Em resposta à crise, Petro anunciou um plano de ação conjunto com o governo de Nicolás Maduro para combater a violência na fronteira. O objetivo é fechar espaços para o tráfico de drogas, com reuniões entre os ministros da Defesa dos dois países. Petro destacou a importância de bloquear travessias ilegais, especialmente no rio Catatumbo.
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