O presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, prometeu uma “resposta vigorosa e coordenada” contra a aliança rebelde que tem avançado no leste do país, rico em minerais, forçando a rendição de centenas de soldados locais. Em um discurso televisionado na quarta-feira, Tshisekedi afirmou que a nação não seria “humilhada ou esmagada”, mesmo com […]
O presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, prometeu uma “resposta vigorosa e coordenada” contra a aliança rebelde que tem avançado no leste do país, rico em minerais, forçando a rendição de centenas de soldados locais. Em um discurso televisionado na quarta-feira, Tshisekedi afirmou que a nação não seria “humilhada ou esmagada”, mesmo com líderes regionais buscando negociações com os rebeldes. A cidade de Goma, a maior da província de Kivu do Norte, foi tomada pela coalizão rebelde AFC/M23 na segunda-feira, conforme declarado pelos próprios rebeldes.
Embora o governo congolês não tenha confirmado a captura de Goma, reconheceu que a cidade está sob cerco. Relatos locais indicam que os rebeldes também estão avançando em direção ao centro da província vizinha de Kivu do Sul, após conquistarem várias cidades. O governo congolês acusou Ruanda de fornecer armas e tropas ao M23, o que foi criticado por Kigali, que alegou que o Congo colabora com um grupo de milícias hutu contra o grupo rebelde, predominantemente tutsi, do qual o M23 se originou.
Tshisekedi não participou da reunião de líderes da África Oriental na quarta-feira, onde foi solicitado que ele se engajasse diretamente com todos os envolvidos, incluindo o M23. O presidente ruandense Paul Kagame enfatizou que o único caminho para a paz é o diálogo entre todas as partes. Enquanto isso, o conflito resultou em mortes, incluindo de pacificadores estrangeiros, e centenas de feridos, com relatos de que muitos soldados do governo foram desarmados pelos rebeldes em Goma.
A situação no leste do Congo apresenta “dois cenários possíveis”, segundo análise de Ladd Serwat, analista sênior do grupo ACLED. Ele sugere que o controle de Goma pelo M23 e pelas forças armadas ruandesas pode levar o governo congolês e aliados regionais a negociar. Alternativamente, Kinshasa pode optar por uma solução militar, intensificando os combates para retomar Goma e realizar ataques transfronteiriços em Ruanda. Tshisekedi já havia ameaçado ir à guerra contra Ruanda, que respondeu afirmando estar “pronta para lutar”.
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