O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a Venezuela aceitou receber imigrantes ilegais deportados, incluindo membros do grupo criminoso Tren de Aragua. A declaração ocorreu após o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, ter defendido um “novo começo” nas relações com Washington, em um encontro com o enviado especial dos EUA, Richard Grenell. Durante a […]
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a Venezuela aceitou receber imigrantes ilegais deportados, incluindo membros do grupo criminoso Tren de Aragua. A declaração ocorreu após o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, ter defendido um “novo começo” nas relações com Washington, em um encontro com o enviado especial dos EUA, Richard Grenell. Durante a visita, seis prisioneiros americanos foram libertados, e a ONG Foro Penal registrava oito cidadãos dos EUA detidos no país.
Trump celebrou o acordo em suas redes sociais, afirmando que a administração venezuelana “concordou em proporcionar o transporte de retorno de seis reféns”. A proibição de voos de deportação para venezuelanos estava em vigor há quase um ano. Se Maduro cumprir o acordo, isso permitirá a Trump reivindicar uma vitória em sua campanha de deportação de migrantes indocumentados, que têm aumentado devido à crise econômica e ao regime autoritário na Venezuela.
A visita de Grenell também representa uma mudança significativa na diplomacia entre os dois países, que se deteriorou desde 2019. Maduro, que não obteve promessas públicas em troca, usou o encontro para reforçar sua legitimidade internacional, enquanto a administração Trump busca alternativas para deportar venezuelanos, incluindo negociações com El Salvador. O governo dos EUA, sob Biden, havia imposto sanções ao regime de Maduro e reconhecido o opositor Edmundo González como presidente legítimo.
Após o encontro, a mídia estatal venezuelana destacou a reunião como um “momento histórico”, com Maduro expressando esperança em um “novo começo”. A televisão estatal divulgou imagens do encontro, onde Grenell e Maduro se cumprimentaram. A nova agenda proposta pode impactar não apenas a migração, mas também o mercado de petróleo, com a renovação da licença da Chevron para operar na Venezuela, sugerindo que os EUA continuarão a negociar com o regime de Maduro.
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