Lula critica Trump por intervenções na Palestina e defende a soberania dos povos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta quinta-feira (6), o presidente americano Donald Trump por suas declarações sobre a Faixa de Gaza. Lula repudiou a ideia de que os Estados Unidos deveriam assumir o controle da região, afirmando que “Trump não foi eleito para mandar no mundo”. Ele ressaltou que a política externa americana, sob a liderança de Trump, tem tratado os palestinos de forma desrespeitosa, comparando a situação a um genocídio.

Lula também se manifestou sobre a proposta de Trump de transformar a Faixa de Gaza em uma “Riviera”, considerando-a uma visão equivocada. O presidente brasileiro argumentou que não se pode construir um lugar bonito sobre “milhares de cadáveres de mulher e de criança”, enfatizando a necessidade de um Estado Palestino e de um tratamento digno ao povo palestino. Ele defendeu que a paz na região requer humanismo e solidariedade.

Além das críticas à política externa dos Estados Unidos, Lula destacou que respeita a eleição de Trump, afirmando que ele foi escolhido para governar os Estados Unidos e não para intervir em assuntos de soberania de outros países. O presidente brasileiro se posicionou como um defensor da democracia e da paz, enfatizando a importância de relações civilizadas entre as nações.

Em um contexto paralelo, nesta sexta-feira, chega o segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos. O retorno dos repatriados será acompanhado por um diplomata brasileiro para assegurar um atendimento digno, após o primeiro voo ter sido marcado por condições precárias. Além disso, o deputado Luciano Zucco, líder da oposição na Câmara, pediu medidas de fiscalização sobre os gastos da primeira-dama Janja, apresentando um requerimento para obter dados sigilosos sobre suas atividades.