A imposição de tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e México, atualmente suspensa, gerou contradições para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essa medida poderia infringir regras do tratado USMCA (Acordo EUA-México-Canadá), que ele mesmo promoveu. O “tarifaço” contraria os artigos 2.15 e 2.16, que proíbem a aplicação de taxas sobre exportações a […]
A imposição de tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e México, atualmente suspensa, gerou contradições para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essa medida poderia infringir regras do tratado USMCA (Acordo EUA-México-Canadá), que ele mesmo promoveu. O “tarifaço” contraria os artigos 2.15 e 2.16, que proíbem a aplicação de taxas sobre exportações a menos que sejam igualmente aplicadas ao mercado interno, além de exigir que as tarifas reflitam apenas os custos dos serviços prestados.
A professora especialista no tema acredita que um rompimento do acordo é improvável, dado o alto nível de interdependência entre os três países. Ela destaca que “o ambiente de negócios está muito integrado”, tanto pelo tratado quanto pela questão da fronteira. O USMCA, celebrado por Trump, foi visto como uma melhoria em relação ao Nafta, que ele considerava prejudicial aos trabalhadores americanos.
Entre as inovações do USMCA, destaca-se a norma trabalhista que estabelece um piso de US$ 16 por hora para pelo menos 40% da mão de obra no setor automobilístico. O tratado, assinado em 2018 e em vigor desde julho de 2020, também ampliou a regulação em áreas como comércio digital, que não eram abordadas pelo Nafta, vigente desde 1994.
No setor agrícola, o USMCA facilitou a importação de produtos como ovos e laticínios do Canadá para os EUA, enquanto os americanos passaram a importar com mais facilidade itens canadenses, como amendoim e açúcar. O acordo também definiu novas diretrizes trabalhistas, incluindo a erradicação do trabalho infantil e condições dignas de trabalho, além de exigir reformas trabalhistas no México.
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