A recente abordagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à Rússia e à Ucrânia tem gerado desorientação entre setores da direita americana. Trump está buscando um acordo com o governo de Nicolás Maduro e a Rússia, o que exclui a participação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. John Bolton, ex-assessor de Segurança Nacional, […]
A recente abordagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à Rússia e à Ucrânia tem gerado desorientação entre setores da direita americana. Trump está buscando um acordo com o governo de Nicolás Maduro e a Rússia, o que exclui a participação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. John Bolton, ex-assessor de Segurança Nacional, criticou a situação, afirmando que Trump já cedeu aos desejos russos antes mesmo de iniciar as negociações. A Ucrânia, segundo Bolton, não se tornará membro da OTAN, e tropas europeias não terão garantias de proteção em caso de ataque russo.
A estratégia de Trump levanta questões sobre suas intenções. Ele tem sido acusado de desmerecer Zelensky, chamando-o de “mau negociador” e sugerindo que a guerra poderia ter sido evitada. A direita tradicional nos EUA, que sempre apoiou a causa ucraniana, agora se vê dividida. Influenciadores como Tucker Carlson têm promovido uma narrativa que retrata a Ucrânia como um país que extorque os americanos, o que tem gerado desconforto entre senadores que anteriormente apoiavam o governo ucraniano.
Além disso, a visita do enviado especial Richard Grenell à Venezuela para libertar cidadãos americanos foi vista como um reconhecimento do regime de Maduro, decepcionando muitos venezuelanos que apoiaram Trump. A decisão de retirar a proteção especial para 300 mil venezuelanos também gerou críticas, com líderes comunitários afirmando que foram “usados”. As cláusulas de um acordo proposto por Trump, que exigiriam que a Ucrânia cedesse 50% de suas receitas de exploração mineral para pagar a ajuda americana, foram comparadas a condições draconianas impostas após a Primeira Guerra Mundial.
Por fim, a reaproximação entre os EUA e a Rússia pode significar o fim das sanções econômicas contra Moscou e o restabelecimento do fornecimento de gás à Europa Ocidental. Essa mudança de postura de Trump poderia reconfigurar as relações internacionais, levando a uma nova dinâmica de poder que inclui a possibilidade de um fortalecimento da Rússia. Analistas expressam preocupação sobre as implicações dessa estratégia, que pode não apenas abandonar a Ucrânia, mas também afetar a segurança de outros aliados na região.
Entre na conversa da comunidade