O presidente interino da Síria, Ahmad Sharaa, pediu por “unidade nacional” e “paz civil” em meio a confrontos entre forças de segurança e apoiadores do ex-presidente Bashar al-Assad. O conflito, que já resultou em mais de mil mortos, principalmente da minoria alauíta, intensificou-se após a deposição de Assad em dezembro. Sharaa, que liderou a coalizão […]
O presidente interino da Síria, Ahmad Sharaa, pediu por “unidade nacional” e “paz civil” em meio a confrontos entre forças de segurança e apoiadores do ex-presidente Bashar al-Assad. O conflito, que já resultou em mais de mil mortos, principalmente da minoria alauíta, intensificou-se após a deposição de Assad em dezembro. Sharaa, que liderou a coalizão que derrubou Assad, destacou que os desafios atuais eram “previsíveis” e enfatizou a necessidade de preservar a paz civil.
As forças de segurança sírias relataram a morte de pelo menos duzentos membros em confrontos com ex-militares leais a Assad, que culminaram em emboscadas. A situação se agravou com a mobilização de apoiadores armados do novo governo, resultando em execuções sumárias e ataques a vilarejos alauítas, atribuídos a milícias armadas que buscam vingar crimes passados. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos classificou os recentes combates como alguns dos mais graves em anos de conflito civil.
Organizações de direitos humanos denunciaram o assassinato de centenas de civis alauítas, alegando uma “limpeza étnica sistemática” promovida pelas novas autoridades. O governo sírio, por sua vez, afirmou que as operações militares visavam conter um levante de forças ligadas ao regime anterior. Os alauítas, que se sentem perseguidos, negam a narrativa oficial e afirmam ser alvo de ataques por parte de sunitas radicais.
O grupo Hayat Tahrir al-Sham, que liderou a ofensiva contra Assad, agora está à frente do novo governo sírio. Mohammed al-Bashir, ligado ao grupo, foi nomeado primeiro-ministro interino. O Hayat Tahrir al-Sham, que anteriormente se associou à Al-Qaeda, promete responsabilizar altos funcionários do regime anterior por abusos, enquanto tenta expandir seu controle além de Idlib, onde já enfrentou críticas por métodos autoritários.
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