Putin rejeita ultimato europeu e propõe negociações diretas com a Ucrânia em Istambul

A tensão entre Rússia e Ucrânia continua a aumentar após a invasão russa em 2022. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, rejeitou um ultimato de líderes europeus que exigiam um cessar-fogo incondicional de trinta dias, a partir de segunda-feira. Em resposta, Putin propôs conversas diretas em Istambul, mas sem compromisso imediato para um cessar-fogo.

Putin criticou os líderes europeus por abordarem a Rússia de forma "boorish" e com ultimatos. A proposta de diálogo em Istambul, marcada para quinta-feira, levanta dúvidas sobre a sinceridade do Kremlin em buscar a paz. Enquanto isso, líderes europeus, como o primeiro-ministro britânico, Sir Keir Starmer, afirmaram que Putin deve demonstrar seu compromisso com a paz.

A proposta de Putin pode ser vista como uma tentativa de prolongar o conflito. A Rússia acredita ter a vantagem no campo de batalha e não deseja ser vista como um obstáculo à paz. O Kremlin também busca melhorar suas relações com a administração de Donald Trump, na esperança de alívio de sanções e um impulso econômico.

Após o anúncio de Putin, Trump elogiou a proposta como um "potencialmente grande dia para Rússia e Ucrânia". O presidente da França, Emmanuel Macron, considerou a oferta um "primeiro passo, mas não suficiente", reiterando que um cessar-fogo incondicional não deve ser precedido por negociações.

Putin reconheceu a continuidade dos combates, mas insistiu que a Rússia está disposta a retomar as conversas interrompidas. A falta de um compromisso imediato para um cessar-fogo gera ceticismo em relação à proposta russa.