Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?

RSF intensifica ataques a Port Sudan com drones e altera dinâmica da guerra no Sudão

RSF intensifica ataques com drones em Port Sudão, desafiando a SAF e agravando a crise humanitária no Sudão. A guerra se transforma.

Telinha
Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
0:00 0:00

As Forças de Apoio Rápido (RSF) no Sudão iniciaram uma nova fase na guerra civil ao realizar ataques com drones em Port Sudão, um movimento inesperado que mostra sua capacidade de guerra remota. Esses ataques ocorreram logo após as Forças Armadas Sudanesas (SAF) recuperarem Khartoum, e resultaram em apagões e escassez de água na cidade. Especialistas afirmam que essa estratégia aumenta a tensão no conflito, que já é considerado uma das piores crises humanitárias do mundo. A RSF, que foi empurrada para fora da capital, está agora focando em atacar infraestrutura civil em áreas controladas pela SAF, como represas e usinas de energia. A mudança de tática visa mostrar que a RSF ainda pode causar impacto, mesmo sem controle territorial. A situação se complica ainda mais com a alegação de que a RSF está recebendo apoio tecnológico de países estrangeiros, como os Emirados Árabes Unidos, que negam as acusações. A guerra no Sudão continua a evoluir, com o uso crescente de drones redefinindo o conflito e aumentando a preocupação com a segurança regional.

A guerra civil no Sudão ganhou uma nova dimensão com os ataques aéreos realizados pelas Forças de Apoio Rápido (RSF) em Port Sudão. Este movimento, inédito na luta entre as RSF e as Forças Armadas Sudanesas (SAF), marca uma escalada significativa no conflito, que já dura três anos. Os ataques com drones, descritos como uma “campanha de choque e pavor”, ocorreram após a SAF retomar o controle de Khartoum.

Os bombardeios em Port Sudão, que incluem alvos estratégicos como o único aeroporto internacional em funcionamento e uma estação de energia, resultaram em apagões e escassez de água na cidade. Alan Boswell, especialista em África Oriental, afirmou que essa demonstração de poder aéreo é sem precedentes na região e eleva as tensões no conflito. A RSF, que foi empurrada para fora da capital, busca mostrar que ainda pode impactar áreas consideradas seguras.

Mudança de Estratégia

A RSF tem intensificado o uso de drones, especialmente após perder território. As novas táticas incluem ataques a infraestrutura civil em áreas controladas pela SAF. Kholood Khair, analista política, destacou que a RSF quer mudar a narrativa do conflito, desafiando a ideia de que a SAF pode governar as áreas que retoma. A mensagem é clara: “Você pode tomar Khartoum, mas não conseguirá governá-la”.

As acusações de crimes de guerra pairam sobre ambos os lados, com a RSF sendo alvo de alegações de genocídio e violência em massa. A utilização de drones, incluindo modelos sofisticados, sugere um avanço tecnológico significativo no conflito. A RSF teria utilizado drones kamikaze em seus ataques, com um comandante local afirmando que a estratégia incluiu uma manobra de distração para atingir alvos críticos.

Envolvimento Internacional

O papel de atores estrangeiros na guerra civil também se destaca. A SAF acusou os Emirados Árabes Unidos (EAU) de fornecer drones à RSF, enquanto a RSF alega que a SAF recebe apoio do Irã. Justin Lynch, diretor da Conflict Insights Group, afirmou que a guerra se tornou uma “guerra de tecnologia”, com a RSF recebendo armamentos de fora. A escalada dos ataques em Port Sudão levanta preocupações sobre a segurança regional e a eficácia das operações humanitárias, com a ONU alertando para um agravamento da crise humanitária no país.

As tensões entre a RSF e a SAF, agora acentuadas pelo uso de drones, indicam que o conflito no Sudão pode se prolongar, a menos que haja um esforço diplomático significativo para resolver a situação.

Relacionados:

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais