O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciou acordos importantes com a União Europeia e os Estados Unidos, buscando melhorar as relações comerciais após o Brexit. Esses acordos incluem concessões em áreas como pesca e tarifas, mas também mostram que o Reino Unido enfrenta desafios em sua posição no comércio global. O acordo com os EUA, por exemplo, ainda impõe tarifas sobre as exportações britânicas, enquanto o pacto com a UE, embora traga benefícios financeiros, representa apenas um pequeno aumento no PIB do país. Starmer teve que fazer concessões difíceis, como permitir que pescadores europeus atuem em águas britânicas por mais tempo em troca de condições comerciais melhores. Apesar das críticas de opositores e eurocéticos, o governo britânico acredita que esses acordos são um passo positivo para a economia e a segurança do país. O acordo com a Índia também foi mencionado como uma conquista, permitindo a redução de impostos sobre produtos britânicos. Starmer e seus aliados defendem que o Reino Unido está se reposicionando no cenário global, mesmo diante de um ambiente comercial complicado.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciou acordos comerciais significativos com a União Europeia e os Estados Unidos. As negociações, que ocorreram na madrugada de segunda-feira, 19 de maio, visam melhorar as relações pós-Brexit e fortalecer a segurança econômica do país.
Os acordos incluem concessões em setores como pesca e tarifas. O pacto com a UE é o primeiro novo acordo significativo desde a saída do bloco em 2020. Starmer destacou que o Reino Unido não precisa escolher entre seus dois principais parceiros comerciais, afirmando que é possível manter relações com ambos. No entanto, analistas apontam que os termos dos acordos refletem uma posição econômica reduzida do Reino Unido.
O acordo com os EUA, por exemplo, reduz tarifas sobre veículos britânicos, mas ainda impõe uma tarifa de 10% sobre as exportações. O pacto com a UE promete benefícios anuais de quase 9 bilhões de libras até 2040, mas apenas 0,2% de aumento no Produto Interno Bruto (PIB) britânico. O Brexit, segundo um estudo de 2022, custou ao país 5,5% de seu PIB.
Concessões e Críticas
Para fechar o acordo com a UE, Starmer permitiu que pescadores europeus atuassem em águas britânicas por 12 anos. Em troca, o Reino Unido obteve a redução de barreiras comerciais para alimentos. O acordo com os EUA também exigiu concessões, como maior acesso à carne bovina e produtos agrícolas americanos.
As reações ao acordo foram mistas. Críticos, incluindo o ex-primeiro-ministro Boris Johnson, acusaram Starmer de “vender” os interesses britânicos. No entanto, Starmer defendeu que os acordos são uma prova de que o Reino Unido está de volta ao cenário global, buscando crescimento econômico e segurança.
Desafios Futuros
O novo acordo também inclui um compromisso para desenvolver um esquema de mobilidade juvenil, permitindo que jovens do Reino Unido e da UE trabalhem e estudem em ambos os lados do Canal da Mancha. Apesar disso, a falta de detalhes sobre esse programa gerou críticas de eurocéticos britânicos.
Starmer e seus assessores afirmam que o acordo representa um novo começo nas relações com a UE, após anos de tensões. No entanto, a insatisfação entre diplomatas europeus e a pressão interna no Reino Unido indicam que os desafios continuam. O governo britânico busca agora equilibrar interesses comerciais e a segurança nacional em um cenário global em mudança.
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