Militares dos Estados Unidos e de outros países estão realizando manobras militares chamadas African Lion em Marrocos, com a participação de mais de 10.000 soldados. Este ano, Israel também está envolvido, o que gerou protestos no país devido à recente ofensiva israelense em Gaza. O governo marroquino defende uma solução de dois Estados para o conflito, enquanto a ONU questiona a presença de tropas israelenses, ligando-as a crimes de guerra. Grupos de esquerda em Marrocos condenaram a participação israelense, considerando-a uma provocação. A situação é tensa, com manifestações contra a normalização das relações com Israel e preocupações sobre a presença de militares israelenses nas manobras.
As manobras militares African Lion, lideradas pelos Estados Unidos, ocorrem anualmente em Marrocos e envolvem mais de 10 mil soldados de diversos países. Este ano, a participação de tropas de Israel gerou protestos no país, especialmente em meio à recente ofensiva em Gaza. A Organização das Nações Unidas (ONU) questionou a presença israelense, associando-a a possíveis crimes de guerra.
Durante os exercícios, que começaram há um mês, as tropas israelenses se juntaram a unidades de Gana, Hungria e forças marroquinas. O evento, que visa demonstrar a capacidade de reação militar dos aliados, foi marcado por uma apresentação de operações de combate a armas de destruição em massa. Apesar do clima de tensão, a vida cotidiana em Agadir segue normalmente, com turistas ignorando as manobras.
O Frente Marroquino de Apoio à Palestina criticou a participação israelense, considerando-a uma provocação ao povo marroquino. O grupo, que reúne partidos de esquerda e sindicatos, exige o fim dos exercícios. A relatora especial da ONU, Francesca Albanese, também expressou preocupação, afirmando que a presença de militares israelenses em Marrocos poderia violar obrigações internacionais.
O governo marroquino, por sua vez, defendeu uma solução de dois Estados para o conflito palestino-israelense. O ministro das Relações Exteriores, Naser Burita, reiterou essa posição em um fórum internacional, destacando a necessidade de diálogo para resolver a crise. As tensões entre a população e o governo aumentam, refletindo a complexidade da situação no Oriente Médio e suas repercussões em Marrocos.
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