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Espanha mantém símbolos da ditadura e perpetua feridas do passado político

Espanha enfrenta crescente pressão para remover mais de 6.000 símbolos franquistas, refletindo um debate acirrado sobre seu passado autoritário.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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Cinquenta anos após a morte de Francisco Franco, a Espanha ainda tem mais de 6.000 símbolos que celebram seu regime. A pressão para remover esses monumentos tem aumentado, com várias cidades já fazendo mudanças. Após a anistia em 1975, o país não julgou as autoridades do regime, mas em 2007, a lei de “memória histórica” começou a exigir a retirada de símbolos que glorificam a ditadura. Desde a chegada do governo de Pedro Sánchez em 2018, houve avanços, como a exumação dos restos de Franco do Vale de los Caídos. Recentemente, cidades como Galícia e Canárias removeram cruzes em homenagem a mortos franquistas, e Santander renomeou 18 ruas ligadas ao regime. No entanto, ainda há resistência, com pessoas como Chen Xianwei, que defende a liberdade de expressão, e historiadores como Daniel Rico, que acreditam que a remoção não é a melhor solução. O debate sobre esses símbolos continua a dividir a sociedade espanhola, com muitos vendo-os como feridas abertas que precisam ser tratadas.

Cinquenta anos após a morte de Francisco Franco, a Espanha ainda abriga mais de 6.000 símbolos que exaltam o regime ditatorial. A pressão para remover esses monumentos tem crescido, com várias cidades já realizando mudanças significativas. No entanto, a resistência persiste, especialmente entre os nostálgicos do franquismo.

Após a morte de Franco em 1975, o país passou por um período de anistia que não julgou as autoridades do regime. Em 2007, a lei de “memória histórica” foi implementada, obrigando a retirada de símbolos que glorificam a ditadura. Desde então, a iniciativa ganhou força, especialmente com a chegada do governo de Pedro Sánchez em 2018, que promoveu a exumação dos restos mortais de Franco do Vale de los Caídos.

Iniciativas em Andamento

Recentemente, cidades como Galícia e Canárias destruíram cruzes em homenagem a mortos franquistas. O município de Santander foi forçado a renomear 18 ruas associadas ao regime. Em Málaga, um inventário de símbolos franquistas está em andamento. Essas ações refletem um movimento crescente para confrontar o passado autoritário do país.

Entretanto, a resistência é forte. Chen Xianwei, proprietário de um bar em Madri que exalta Franco, considera a lei de memória democrática uma forma de “manipulação da história”. Ele defende que as pessoas têm o direito de expressar suas opiniões, mesmo que controversas. Por outro lado, historiadores como Daniel Rico argumentam que a remoção de monumentos não é a melhor forma de lidar com o passado, sugerindo que uma abordagem didática seria mais eficaz.

O Debate Continua

A discussão sobre a remoção de símbolos franquistas continua a polarizar a sociedade espanhola. Para muitos, esses monumentos representam uma ferida aberta que precisa ser curada. Eduardo España, cofundador do site “Deveria desaparecer”, afirma que a história deve ser ensinada nas escolas, não glorificada em espaços públicos. A luta pela memória histórica na Espanha permanece um tema relevante e controverso, refletindo a complexidade do legado de Franco e suas implicações na sociedade contemporânea.

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