O Reino Unido e a União Europeia assinaram recentemente um acordo que promete um “reinício” nas relações, mas não resolve questões importantes. Apesar das declarações otimistas de líderes como Keir Starmer e Ursula von der Leyen, o acordo não traz mudanças significativas para o dia a dia das pessoas. A cúpula, realizada em Londres, foi vista como um avanço nas relações, mas muitos problemas permanecem sem solução. O governo britânico fez concessões, como a prorrogação do acesso mútuo das frotas pesqueiras por mais 12 anos, o que gerou críticas de grupos eurocéticos. O acordo também inclui a possibilidade de acesso da indústria britânica a um fundo europeu de defesa, mas isso ainda depende de negociações complicadas. Além disso, o governo britânico aceitou alinhar algumas normas com as da UE e permitir que o Tribunal de Justiça Europeu atue como árbitro. O acordo também abre espaço para a integração elétrica com a Europa e a participação no programa Erasmus de intercâmbio estudantil. No entanto, o novo “Esquema de Mobilidade Juvenil” terá limitações e exigirá visto para jovens que queiram viajar ou trabalhar na Europa. Outras pequenas melhorias incluem o uso de máquinas de controle de passaporte para turistas britânicos e a criação de passaportes para pets.
O Reino Unido e a União Europeia (UE) assinaram um novo acordo que promete um “reinício” nas relações, mas não resolve questões fundamentais. O pacto foi firmado em uma cúpula em Londres, mas especialistas apontam que as mudanças não impactarão a vida cotidiana dos cidadãos a curto prazo.
O acordo, segundo Rain Newton-Smith, diretor executivo da Confederação da Indústria Britânica (CBI), representa um avanço nas relações comerciais e de defesa entre as partes. Contudo, muitos dos principais temas discutidos ainda carecem de acordos definitivos. A falta de clareza em alguns pontos, como a mobilidade juvenil, sugere que o compromisso pode ser mais uma solução temporária do que um avanço real.
Entre os principais tópicos abordados, destaca-se a cooperação em defesa, especialmente em resposta à guerra na Ucrânia. O acordo estabelece diálogos permanentes para coordenar apoio a Kiev e enfrentar ameaças híbridas. Além disso, o governo britânico busca acesso a um fundo europeu de € 150 bilhões para rearmamento, mas a participação ainda depende de negociações complexas.
O governo de Keir Starmer também aceitou prorrogar o acesso mútuo às águas pesqueiras por mais doze anos, uma concessão que gerou críticas entre os eurocéticos. A redução de controles sanitários para produtos agrícolas é outra mudança significativa, visando facilitar o comércio com a UE.
Questões de Mobilidade e Cultura
O novo acordo não aborda de forma abrangente a questão da imigração. O “Esquema de Mobilidade Juvenil” foi renomeado para “Esquema de Experiência Juvenil”, com restrições de tempo e exigência de visto para jovens que desejam viajar ou trabalhar na UE. Uma das poucas novidades é a reintegração das universidades britânicas no programa Erasmus.
Além disso, o acordo prevê melhorias para turistas britânicos, que poderão usar máquinas eletrônicas de controle de passaporte em alguns aeroportos da UE. Também haverá um novo passaporte para animais de estimação, facilitando a viagem com pets.
O governo britânico enfrenta um cenário de crescente pressão interna, com a direita populista criticando as concessões feitas. A análise de especialistas indica que a percepção pública sobre o Brexit ainda está marcada por divisões, dificultando um diálogo mais produtivo sobre a cooperação futura entre o Reino Unido e a UE.
Entre na conversa da comunidade