O chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, pediu mais apoio do Brasil nas negociações de paz sobre a guerra na Ucrânia durante uma reunião em Moscou. Ele destacou a importância de entender as causas do conflito, refletindo a visão russa sobre a invasão de 2022. A conversa foi cordial, mas a cobrança da Rússia foi notada. O Brasil, que se mantém neutro, já condenou a invasão em votações na ONU, mas também criticou as sanções ocidentais contra a Rússia. O assessor presidencial Celso Amorim reafirmou a posição do Brasil, ressaltando a importância do diálogo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou recentemente de um evento em Moscou com líderes autocráticos, o que gerou críticas e descontentamento do governo ucraniano. Amorim lembrou que o Brasil é um parceiro comercial importante da Rússia, especialmente na importação de fertilizantes e óleo diesel. As negociações enfrentam desafios, com a Rússia exigindo a aceitação de territórios anexados e a neutralidade militar da Ucrânia. A próxima rodada de negociações está marcada para 2 de junho em Istambul. A relação comercial entre Brasil e Rússia é complexa, com a Rússia sendo o maior fornecedor de óleo diesel ao Brasil, mas as sanções ocidentais podem afetar isso. Até agora, não há relatos de empresas brasileiras sendo punidas por negócios com a Rússia. Amorim também se encontrou com um enviado do Irã, mostrando o interesse do Brasil em ser um mediador em um mundo cada vez mais dividido.
O chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, solicitou maior apoio do Brasil nas negociações de paz para a Guerra da Ucrânia durante um encontro em Moscou, realizado na quarta-feira, 28 de maio. Lavrov enfatizou a importância de entender as “causas fundamentais” do conflito, refletindo a perspectiva russa sobre a invasão de 2022.
A reunião, que ocorreu à margem de um evento internacional sobre segurança, foi descrita como cordial, mas a cobrança por parte da Rússia chamou a atenção. O Brasil, que mantém uma postura neutra, já condenou a invasão em votações na ONU, mas também criticou as sanções ocidentais contra Moscou. O assessor presidencial Celso Amorim reiterou essa posição, destacando a importância do diálogo.
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma celebração em Moscou ao lado de líderes autocráticos, o que gerou críticas. O governo ucraniano expressou descontentamento com a postura brasileira, que busca manter relações diplomáticas com todos os lados do conflito. Amorim, em sua fala, lembrou que o Brasil é um importante parceiro comercial da Rússia, especialmente na importação de fertilizantes e óleo diesel.
Contexto das Negociações
A questão das causas fundamentais da guerra é central para a narrativa russa, que alega que a invasão foi uma resposta à negligência do Ocidente em relação às demandas de segurança do Kremlin. Para a Rússia, a derrubada do governo pró-Moscou em Kiev em 2014 e a subsequente anexação da Crimeia são marcos que justificam suas ações. Por outro lado, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski considera essas justificativas como uma tentativa de imperialismo.
As negociações de paz enfrentam desafios, com a Rússia exigindo a absorção de territórios anexados e a neutralidade militar da Ucrânia. Zelenski, ciente das possíveis perdas territoriais, busca um consenso sobre os termos do acordo. A próxima rodada de negociações está marcada para segunda-feira, 2 de junho, em Istambul, mas a incerteza persiste.
Implicações Comerciais
A relação comercial entre Brasil e Rússia é complexa. A Rússia se tornou o maior fornecedor de óleo diesel ao Brasil, mas as sanções ocidentais ameaçam essa dinâmica. Até o momento, não há relatos de empresas brasileiras sendo punidas por negócios com Moscou. A chancelaria russa descreveu as conversas como “francas e substanciais”, indicando um interesse contínuo em manter o diálogo.
Além disso, Amorim se encontrou com o enviado do Irã, Ali Akbar Ahmadian, durante o mesmo evento, destacando a busca do Brasil por uma posição de mediador em um cenário global cada vez mais polarizado.
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