30 de jun 2025

Exportação de peças de F-35 do Reino Unido para Israel é considerada legal pela Justiça
O Tribunal Superior do Reino Unido nega pedido para barrar transferência de peças para F 35 israelenses, enquanto a crise em Gaza se agrava.

Foto: NurPhoto via Getty Images
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O Tribunal Superior do Reino Unido rejeitou um pedido de grupos de direitos humanos que buscavam impedir a transferência de peças britânicas para os caças F-35 israelenses. A corte argumentou que a decisão sobre a colaboração militar é uma questão de competência do governo, não do judiciário.
Em setembro, o governo britânico suspendeu cerca de 30 licenças de exportação de armas para Israel devido ao risco de que armamentos britânicos fossem utilizados em violações de direitos humanos na Faixa de Gaza. Apesar disso, o Reino Unido continua a fornecer componentes para o programa global dos F-35, do qual Israel faz parte.
A decisão gerou descontentamento entre organizações como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch. Sacha Deshmukh, diretor executivo da Anistia Internacional no Reino Unido, destacou a gravidade da situação em Gaza, onde civis enfrentam ataques e escassez de recursos essenciais. Ele afirmou que a decisão judicial não altera a realidade no terreno nem isenta o governo britânico de suas responsabilidades.
Os juízes esclareceram que o caso não questionava a decisão do governo de não fornecer armas a Israel, mas sim se o Reino Unido deveria se retirar de um programa de defesa multilateral. O governo argumentou que sair do programa poderia comprometer a paz internacional e a confiança dos EUA no Reino Unido e na OTAN.
O grupo Oxfam também se manifestou, afirmando que é inaceitável que o governo continue a licenciar a venda de componentes para os F-35, sabendo que podem ser usados em ataques a civis. A corte reconheceu que o ministro de Negócios, Jonathan Reynolds, enfrentou um dilema ao decidir sobre a continuidade da colaboração no programa.
As organizações de direitos humanos estão avaliando a possibilidade de apelar da decisão. O governo britânico afirmou que continuará a revisar suas licenças de exportação de defesa.
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