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Política
Mercado de corrupção no TJ de Tocantins é revelado em investigação da Polícia Federal
30 Novembro, 2024

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A Polícia Federal investiga corrupção no Tribunal de Justiça do Tocantins, com venda de sentenças.
A operação Maximus resultou no afastamento de cinco desembargadores e quatro juízes.
Thales Maia, filho de um desembargador, foi preso; diálogos revelam insatisfação com propinas.
Desembargadoras envolvidas negam irregularidades e se dizem indignadas com as acusações.
A defesa de Thales Maia afirma que diálogos foram tirados de contexto e não indicam ilegalidade.
Operação já levou ao afastamento sumário de cinco desembargadores e quatro juízes de primeiro grau sob suspeita de ligação com venda de sentenças (Foto: Divulgação/Tribunal de Justiça do Tocantins)
Operação já levou ao afastamento sumário de cinco desembargadores e quatro juízes de primeiro grau sob suspeita de ligação com venda de sentenças (Foto: Divulgação/Tribunal de Justiça do Tocantins)

A Polícia Federal (PF) investiga um suposto esquema de "pacotes de corrupção" no Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), relacionado à venda de sentenças. O relatório da Operação Maximus revela uma rotina de propinas em processos judiciais, resultando no afastamento de cinco desembargadores e quatro juízes de primeiro grau. O delegado Daniel César do Vale, da Delegacia de Combate à Corrupção, descreve o mercado de ações judiciais como "assustador", com clientes buscando pacotes para atos corruptos.

As investigações focam na presidente do TJ-TO, desembargadora Etelvina Maria Sampaio Felipe, e na vice, Ângela Maria Ribeiro Prudente, além de outros desembargadores e juízes. A PF apresentou transcrições e áudios que indicam insatisfação entre os membros do Judiciário com o pagamento fracionado de propinas. Em um diálogo, Thales André Pereira Maia, filho de um desembargador, expressou descontentamento com a demora nos pagamentos, em um caso que envolve interesses de uma mineradora.

Após a operação, Thales Maia foi preso, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ordenou sua soltura. As desembargadoras Etelvina e Ângela negaram qualquer irregularidade, com a primeira expressando "indignação e repúdio" ao ver seu nome envolvido na operação. A defesa de Thales Maia argumentou que não teve acesso completo às investigações e que os diálogos foram tirados de contexto, enquanto a defesa do advogado Thiago Sulino de Castro afirmou que a PF distorceu a realidade, tentando criminalizar a advocacia.

As investigações continuam sob sigilo, e os advogados prometem se manifestar sobre as alegações da PF. A situação no TJ-TO levanta preocupações sobre a integridade do sistema judiciário e a necessidade de transparência nas operações do tribunal.

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