No dia 25 de janeiro de 2019, o Brasil enfrentou uma das maiores tragédias socioambientais de sua história com o rompimento da barragem da Mineradora Vale em Brumadinho, Minas Gerais. A avalanche de 12 milhões de m³ de rejeito devastou a região, resultando em 272 mortes e a destruição de lares e comércios. Entre as […]
No dia 25 de janeiro de 2019, o Brasil enfrentou uma das maiores tragédias socioambientais de sua história com o rompimento da barragem da Mineradora Vale em Brumadinho, Minas Gerais. A avalanche de 12 milhões de m³ de rejeito devastou a região, resultando em 272 mortes e a destruição de lares e comércios. Entre as vítimas, estavam os filhos de Helena Taliberti, que fundou um instituto em homenagem a eles. A tragédia, que completou seis anos, ainda ecoa na luta por justiça e reparação.
Helena relembra o momento em que recebeu a notícia do desastre, que a pegou de surpresa enquanto estava em São Paulo. A falta de comunicação com seus filhos durante o dia a levou a perceber a gravidade da situação. Em entrevista, ela compartilhou que o apoio de amigos foi fundamental para enfrentar a dor da perda. “Essa aproximação foi muito luminosa”, afirmou, destacando o legado de amor deixado por Camila e Luiz.
A luta por justiça continua sendo uma prioridade para Helena, que acredita na possibilidade de responsabilização dos culpados. O processo penal envolve executivos da Vale e da TÜV SÜD, enquanto ações civis buscam reparação às vítimas. Em 2021, a Vale firmou um acordo de R$ 37,7 bilhões com o governo de Minas Gerais. Recentemente, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região agendou o julgamento de um Habeas Corpus relacionado ao caso, com a Procuradoria se manifestando contra a concessão.
Helena também reflete sobre a necessidade de mudanças na sociedade para evitar novas tragédias. Ela enfatiza que o modelo extrativista é prejudicial e que a conscientização sobre a preservação do planeta é crucial. Para aqueles que enfrentam perdas semelhantes, ela aconselha a vivenciar o luto sem tabus e buscar apoio, ressaltando que a dor é única, mas não precisa ser solitária.
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