O deputado federal Mário Frias (PL-SP) tornou-se réu em um processo na Justiça Eleitoral de São Paulo, acusado de disseminar notícias falsas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha de 2022. A ação foi iniciada após denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), que menciona um post do parlamentar na rede […]
O deputado federal Mário Frias (PL-SP) tornou-se réu em um processo na Justiça Eleitoral de São Paulo, acusado de disseminar notícias falsas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha de 2022. A ação foi iniciada após denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), que menciona um post do parlamentar na rede social X. Na publicação, Frias republicou uma foto de Lula usando um boné com a sigla “CPX”, alegando que significava “parceiro do crime”.
O boné foi utilizado por Lula durante uma visita ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. O MPE argumenta que, após a viralização das imagens, Frias comparou Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que na época também era candidato à reeleição. Na descrição, o deputado afirmou que a sigla se referia à expressão “cupincha”, usada por facções criminosas para designar um “parceiro do crime”.
O MPE sustenta que a intenção de Frias era associar Lula a facções criminosas do Rio de Janeiro, influenciando assim os eleitores a não votarem nele. O órgão esclareceu que “CPX” é uma abreviação de “complexo” e que o boné foi confeccionado por moradores do Complexo do Alemão, sendo doado a Lula. A denúncia foi aceita pela juíza Cecília Pinheiro da Fonseca, da 6.ª Zona Eleitoral de São Paulo, na última terça-feira.
Em contato com o GLOBO, o deputado Mário Frias declarou que se pronunciará sobre o caso nos autos do processo. A situação levanta questões sobre a disseminação de informações falsas e a ética nas campanhas eleitorais, especialmente em um contexto de polarização política.
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