Política

Ministério Público da Espanha rejeita extradição do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio

O Ministério Público da Espanha se opôs à extradição de Oswaldo Eustáquio, alegando que seus atos são protegidos pela liberdade de expressão no país. Eustáquio, que está na Espanha desde 2023, considera a decisão uma desqualificação dos inquéritos contra ele no Brasil, que duram mais de cinco anos. O blogueiro é acusado de usar o perfil da filha para atacar o delegado da Polícia Federal, Fábio Shor, após o indiciamento de Jair Bolsonaro. Ele é investigado por envolvimento em atos antidemocráticos e já foi preso por pedir o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. A situação de Eustáquio reflete tensões entre a Justiça brasileira e a liberdade de expressão na Europa, destacando a complexidade das relações internacionais.

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O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio (Foto: Reprodução/Instagram)

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O Ministério Público da Espanha se manifestou contra o pedido de extradição do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, solicitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A procuradora Teresa Sandoval argumentou que os atos atribuídos a Eustáquio não configuram crime na Espanha, pois estão protegidos pelo direito à liberdade de expressão. Ela destacou que, enquanto no Brasil os atos são considerados crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, na legislação espanhola não se aplicam, invalidando a dupla incriminação.

Eustáquio, que se encontra na Espanha desde 2023 após solicitar asilo, comentou que a posição espanhola "desqualifica os inquéritos" que enfrenta no Brasil, os quais duram mais de cinco anos. Ele afirmou que suas críticas ao governo de Lula e suas desconfianças sobre as urnas eletrônicas de 2022 foram mal interpretadas, sugerindo que a Justiça brasileira tem abusado de autoridade.

O pedido de extradição foi encaminhado ao Ministério da Justiça em outubro pelo ministro Alexandre de Moraes, e posteriormente ao Ministério das Relações Exteriores, que comunicou a solicitação à Espanha. Eustáquio é acusado de utilizar o perfil de sua filha de 16 anos para atacar o delegado da Polícia Federal (PF), Fábio Shor, após o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. As postagens em questão expõem familiares de Shor e o acusam de prender "patriotas inocentes".

O blogueiro é um dos alvos do inquérito das milícias digitais no STF, que está sob a relatoria de Moraes. Ele já foi preso em 2022 por envolvimento em atos antidemocráticos e participou de protestos contra o resultado das eleições, defendendo intervenções das Forças Armadas. Em agosto, Eustáquio e outros aliados de Bolsonaro foram alvo de uma operação da PF, resultando em novas ordens de prisão, já que estão foragidos no exterior.

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