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Juíza determina plano para combate à tortura no sistema carcerário de São Paulo

Juíza determina que São Paulo elabore plano para combater tortura em presídios, após STF reconhecer inconstitucionalidade no sistema carcerário.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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A juíza Luciana Ortiz Tavares Costa Zanoni, da 8ª Vara Cível Federal de São Paulo, ordenou que o estado elabore um plano em até 180 dias para implementar o Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, que vai inspecionar locais onde as pessoas estão presas e evitar violações de direitos. O prazo começa após a decisão final da ação. A juíza também pediu que a União ajude a cumprir essa medida. O Supremo Tribunal Federal já havia apontado que o sistema carcerário brasileiro enfrenta sérios problemas, especialmente em São Paulo, que tem a maior população carcerária do país. Em 2023, havia 852.010 pessoas presas no Brasil, sendo 198.704 em São Paulo. Um relatório da Defensoria Pública revelou problemas graves, como superlotação, falta de médicos e alimentação inadequada nas prisões. Além disso, 55% dos detentos relataram agressões por parte dos agentes penitenciários. A juíza ressaltou que a pena deve ajudar as pessoas a não cometerem novos crimes no futuro.

A juíza de Direito Luciana Ortiz Tavares Costa Zanoni, da 8ª Vara Cível Federal de São Paulo, determinou que o estado apresente um plano em até 180 dias para implementar o Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura. O prazo começa após o trânsito em julgado da ação. O MEPCT-SP terá a função de inspecionar locais de privação de liberdade e prevenir violações de direitos.

A decisão, assinada em 9 de abril de 2025, também exige que a União colabore no cumprimento da medida. O Supremo Tribunal Federal já havia reconhecido um “estado de coisas inconstitucional” no sistema carcerário brasileiro, exigindo ações dos governos para reverter essa situação. A juíza destacou que essa constatação se aplica especialmente ao sistema paulista, que possui a maior população carcerária do país.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 indicam que, em 2023, havia 852.010 pessoas privadas de liberdade no Brasil, com 198.704 delas no estado de São Paulo. O relatório da Defensoria Pública do estado, anexado à ação, aponta problemas graves, como a superlotação e a falta de equipe mínima de saúde nas unidades prisionais.

Além disso, o relatório revela que a alimentação é inadequada, com itens estragados, e há falta de acesso a água e roupas suficientes. Em 55% das unidades prisionais, os detentos confirmaram agressões por parte de agentes penitenciários. A juíza enfatizou que a pena deve possibilitar uma vida futura sem a prática de novos crimes.

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