Escritores irlandeses protestaram em Dublin contra a Meta, acusando a empresa de usar suas obras protegidas por direitos autorais para treinar seu modelo de inteligência artificial, o Llama 3. O protesto, liderado pela Irish Writers Union, contou com o apoio de Irish wolfhounds e exigiu que a Meta respeite as leis de direitos autorais da Irlanda e da União Europeia. A manifestação foi impulsionada por um caso judicial nos EUA que revelou que a Meta utilizou milhões de obras sem autorização. A autora Audrey Magee expressou sua preocupação ao descobrir que seus trabalhos foram usados sem controle. O presidente da IWU, Conor McAnally, criticou a falta de compensação para os escritores, enquanto um abaixo-assinado com 1.500 assinaturas foi entregue ao governo irlandês. A ministra Niamh Smyth afirmou que as leis estão se adaptando às novas tecnologias. Uma investigação indicou que a Meta pode ter acessado obras pirateadas para treinar sua IA. A Meta declarou que respeita os direitos autorais e acredita que seu uso de informações está dentro da lei. A IWU está incentivando seus membros a formalizar reclamações à Meta para que a empresa pare de usar suas obras sem permissão.
Escritores irlandeses protestam contra uso de obras em IA da Meta
Escritores irlandeses, com apoio de Irish wolfhounds, manifestaram-se em Dublin contra a Meta, acusando a empresa de utilizar obras protegidas por direitos autorais para treinar seu modelo de inteligência artificial (IA), o Llama 3. A ação ocorreu em frente ao parlamento e edifícios governamentais.
A Irish Writers Union (IWU) liderou o protesto, coordenando uma campanha com editoras, roteiristas e poetas. A reivindicação central é que a Meta cumpra as leis de direitos autorais irlandesas e da União Europeia no treinamento de sua IA.
Revelações de caso nos EUA impulsionam protesto
O protesto ganhou força após revelações de um processo judicial nos Estados Unidos, que apontou o uso de milhões de obras protegidas por direitos autorais pela Meta para treinar o Llama 3. A autora Audrey Magee expressou choque ao descobrir que seus trabalhos foram utilizados sem autorização.
“É preocupante que minhas obras tenham sido acessadas e usadas de uma forma que não posso controlar”, declarou Magee. A presença dos Irish wolfhounds no protesto foi vista como um gesto simbólico, devido à ligação histórica da raça com a literatura e a poesia irlandesa.
IWU exige compensação e negociação de licenças
Conor McAnally, presidente da IWU, criticou a postura da Meta, afirmando que é “difícil ganhar a vida como escritor sem que bilionários decidam que é inconveniente pagar pelo nosso trabalho”. A IWU defende o direito dos escritores à justa compensação pelo uso de suas obras.
Um abaixo-assinado com 1.500 assinaturas foi entregue ao Departamento de Promoção do Comércio, Inteligência Artificial e Transformação Digital da Irlanda. A ministra Niamh Smyth TD afirmou que as políticas e legislações irlandesas e da UE estão se adaptando aos desafios da IA.
Investigação aponta acesso a obras pirateadas
Uma investigação da revista The Atlantic revelou que a Meta pode ter acessado milhões de livros e artigos de pesquisa pirateados através do LibGen – Library Genesis – para treinar seu sistema de IA generativa.
A Meta, em nota, afirmou que respeita os direitos de propriedade intelectual e acredita que seu uso de informações para treinar modelos de IA está em conformidade com a lei. A IWU incentiva seus membros a apresentar reclamações formais à Meta, exigindo a suspensão do uso de material protegido até que as devidas permissões sejam obtidas.
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